A defesa do ex-deputado petista Jo�o Magno usou o fato de parte dos recursos do valerioduto terem passado pelas contas banc�rias dele para tentar livr�-lo da acusa��o de lavagem de dinheiro, �nica que lhe � atribu�da no processo do mensal�o. Dividida entre os advogados Sebasti�o Tadeu Ferreira Reis e Wellington Alves Valente, a defesa fez ainda ataques � imprensa, culpando-a pela den�ncia feita pela Procuradoria-Geral da Rep�blica.
Segundo a den�ncia, ele recebeu R$ 360 mil por dois intermedi�rios, um deles, chefe do comit� financeiro de suas campanhas a deputado federal e � prefeitura de Ipatinga. Outros R$ 41 mil foram depositados nas contas de Magno. Os recursos, segundo a defesa, foram para caixa dois de campanha eleitoral. "Essa Casa est� diante de situa��o configurada de caixa dois", disse Valente, ressaltando que Magno tentou fazer uma presta��o de contas suplementar em outubro de 2005, mas o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais n�o acatou por identificar o crime eleitoral. Ele observou que naquela �poca o crime de caixa dois n�o estava prescrito e poderia ter sido denunciado pelo Minist�rio P�blico.
Ferreira Reis focou sua exposi��o mais em ataques � imprensa. Destacou que dois intermedi�rios de Magno n�o foram denunciados porque, segundo ele, seria superado o n�mero de 40 e o objetivo do MP seria fazer liga��o com a obra "Ali-Bab� e os 40 ladr�es".