
O delegado Fernando Cocito, que comandou a opera��o com o chefe da Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Deco), delegado Henry Peres, informou ontem que a Pol�cia Civil usar� dados das quebras de sigilo da CPI do Cachoeira, em curso no Congresso, para acelerar as investiga��es. Integrantes da comiss�o se colocaram � disposi��o para compartilhar informa��es e contribuir com a Opera��o Jackpot. “Pode ser interessante o compartilhamento de dados com a CPI. A gente parte para algumas representa��es de quebra de sigilo, mas sabemos que esses pedidos n�o s�o encaminhados de pronto, isso leva semanas, talvez meses. Com rela��o aos sigilos j� dispon�veis na CPI, seria interessante us�-los”, afirmou o delegado Fernando, acrescentando que as apura��es da Opera��o Jackpot ser�o remetidas ao Congresso.
As investiga��es que apontaram ind�cios de que Cachoeira continua operando o esquema de contraven��o, apesar de estar preso na Penitenci�ria da Papuda, ter� uma segunda fase. O delegado, no entanto, n�o quis adiantar se haver� novos mandados de pris�o e se a pol�cia apresentar� provas da atua��o do bicheiro no comando do bando durante o per�odo de deten��o. O advogado de Cachoeira, Ant�nio Nabor Bulh�es, nega que seu cliente esteja fazendo uso de emiss�rios para dar ordens � organiza��o criminosa de dentro da cadeia, e reclama de persegui��o ao contraventor.
Delta Na ter�a-feira, a CPI abre os trabalhos com dois depoimentos considerados “chave” para a comiss�o. O dono da empreiteira Delta, Fernando Cavendish, e o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Ant�nio Pagot ser�o interrogados pelos parlamentares. A CPI chegou � conclus�o de que a Delta seria o bra�o financeiro da organiza��o comandada por Cachoeira, e a contraven��o cumpriria a fun��o estrat�gica de movimentar dinheiro vivo para manter a rede de coopta��o de agentes p�blicos gra�as ao pagamento de propina. A expectativa � de que Cavendish se mantenha em sil�ncio, mas os parlamentares j� avisaram que v�o question�-lo mesmo assim, com o objetivo de constranger o empres�rio.