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Estado de Minas

Depoimentos de Pagot e Cavendish na CPI do Cachoeira est�o marcados para esta semana


postado em 27/08/2012 09:21

A Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) do Cachoeira tem quatro depoimentos marcados para esta semana. O  mais esperado deles, no entanto, n�o dever� ocorrer. Trata-se do depoimento do ex-presidente da empreiteira Delta Fernando Cavendish. Ele impetrou habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo para n�o comparecer � comiss�o. Caso n�o lhe seja deferido esse pedido, pede que lhe sejam asseguradas todas as garantias que v�m sendo conferidas a outros convocados. Ou seja, permanecer em sil�ncio e n�o assinar termo de compromisso de dizer a verdade. Cavendish foi convocado para depor na pr�xima quarta-feira.

Com o prov�vel sil�ncio de Cavendish, as aten��es se voltam para o ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Ant�nio Pagot, que depor� na pr�xima ter�a-feira. Ele disse em diversas entrevistas que est� disposto a colaborar com a CPI. Pagot deixou o Dnit em 2011, ap�s den�ncias de irregularidades, e atribui a press�o pela sua sa�da ao grupo comandado por Cachoeira, que teria interesse de defender interesses da Delta no �rg�o. Em entrevistas, ele disse que era procurado por partidos para captar doa��es ilegais de empreiteiras para campanhas pol�ticas.

Quem tamb�m tem depoimento marcado paraa pr�xima ter�a-feira � o empres�rio Adir Assad, que � dono das empresas JSM Terraplenagem e SP Terraplenagem, entre outras, apontadas como ‘laranjas’ do suposto esquema Delta/Cachoeira. Assad tamb�m pediu ao STF um habeas corpus para garantir o direito de ficar em sil�ncio e para n�o se autoincriminar.

Na pr�xima quarta-feira, a comiss�o vai ouvir o engenheiro Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto. Ex-diretor da empresa Desenvolvimento Rodovi�rio S.A. (Dersa), do governo de S�o Paulo, ele � acusado de atuar junto ao Dnit em busca de recursos para a campanha do ex-governador Jos� Serra (PSDB) � Presid�ncia da Rep�blica.

Cavendish

A convoca��o do empres�rio que elevou a Delta ao patamar de uma das maiores construtoras do pa�s, maior detentora de contratos do Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC), em v�rios estados, foi pedida por 11 requerimentos assinados por 14 parlamentares.

O presidente da CPI, senador Vital do R�go (PMDB-PB), disse n�o esperar muito do depoimento de Cavendish. O senador precisar� administrar a press�o de alguns parlamentares contr�rios ao atual rito da CPI – de dispensar imediatamente os convocados depois que eles evocam o direito constitucional ao sil�ncio. “O depoimento de Cavendish � o de uma testemunha como outra qualquer. N�o podemos trat�-lo diferente de Dem�stenes [Torres], diferente de A, B ou C. Temos um rito a cumprir, definido por decis�o colegiada”, disse.

O l�der do PPS na C�mara, deputado Rubens Bueno (PR), acredita que Cavendish ficar� calado. Para o deputado, isso ser� mais um ind�cio de que o ex-presidente da Delta tem envolvimento com o esquema ilegal. "Provavelmente n�o vai falar, porque agora virou daqueles que se comportam como uma m�fia. � o sil�ncio absoluto, negociado, articulado com Carlinhos Cachoeira, com todos aqueles que est�o trabalhando com o mesmo objetivo: de n�o falar nada para esconder o que tem atr�s disso.”

Acusa��es contra Cavendish

De acordo com a Pol�cia Federal (PF), a Delta recebeu quase R$ 4 bilh�es dos contratos com o governo e repassou pelo menos R4 413 milh�es a empresas de fachada ligadas a Carlinhos Cachoeira. Este, por sua vez, aparece em liga��es telef�nicas, gravadas pela PF, atuando em favor da Delta.

O relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), afirmou que j� tem convic��o de que o empres�rio � vinculado ao suposto esquema criminoso de Cachoeira. “� claro que Fernando Cavendish serviu � organiza��o criminosa, vinculou-se a ela, na medida em que a empresa da qual ele � s�cio-propriet�rio passou volumes importantes a empresas dirigidas pelo senhor Carlos Cachoeira.”

Para Odair Cunha, o espa�o aberto para o ex-presidente da Delta ser� a chance para ele se defender. "Ele � sim vinculado � organiza��o. Ter� oportunidade, no seu depoimento, de dar informa��es que nos conven�am de maneira contr�ria, na medida que estamos em uma fase preliminar do inqu�rito parlamentar.

Com informa��es da Ag�ncia C�mara


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