O ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) Luiz Antonio Pagot, confirmou, em depoimento � CPI do Cachoeira, nesta ter�a-feira, que trabalhou para arrecadar doa��o de campanha para a ent�o candidata � Presid�ncia da Rep�blica, Dilma Rousseff.
O ex-diretor do DNIT disse que ao encontrar alguns empres�rios pediu a doa��o. "Acreditei que n�o estava cometendo irregularidades e n�o associei (a doa��o) a nenhum ato administrativo do DNIT", disse.
Pagot afirmou que posteriormente � solicita��o de doa��o ele recebeu alguns boletos que mostravam a doa��o feita legalmente na conta da campanha e que verificou depois que algumas empresa realmente tinham contribu�do.
Sobre a suspeita de que teria havido desvio de recursos de parte da obra do Rodoanel, em S�o Paulo, para a campanha eleitoral de tucanos e aliados, Pagot afirmou que o relato lhe foi feito por um amigo. O ex-diretor do DNIT disse que havia uma obra em conv�nio com o Dersa, em S�o Paulo, no qual R$ 2,4 bilh�es seriam de investimento de S�o Paulo e R$ 1,2 bilh�o do governo federal. Na ocasi�o, afirmou Pagot, houve uma tentativa de se fazer um termo de ajustamento de conduta, reivindicado pelo Dersa, de mais R$ 260 milh�es. "Era uma temeridade fazer qualquer aditivo em cima desse contrato porque se tratava de um contrato de empreitada global", explicou.
Pagot disse que recorreu � Advocacia Geral da Uni�o (AGU) para n�o assinar o contrato e o termo aditivo acabou n�o sendo feito. "N�o existiu esse aditivo." Ele disse que passado esse epis�dio, ele se encontrou com um amigo em um restaurante em Bras�lia que o alertou dizendo que esse aditivo tinha finalidade de contribuir para a campanha de Jos� Serra, Geraldo Alckmin e Gilberto Kassab. "Isso � uma conversa de b�bado, de botequim. � uma conversa que n�o se pode provar", afirmou Pagot. Segundo ele o jornalista que publicou a suspeita escreveu o que quis e n�o o que ele afirmou.