O engenheiro Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, ex-diretor da Dersa, estatal rodovi�ria do governo de S�o Paulo, disse nesta quarta-feira, durante depoimento na Comiss�o Parlamentar Mista de Inqu�rito (CPMI) do Cachoeira, que n�o conhece o empres�rio Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Sobre o contraventor, o engenheiro disse que sabe dele apenas o que viu publicado na imprensa. “N�o conhe�o o Carlos Augusto Ramos. O que soube � pela imprensa”, frisou.
De acordo com a Pol�cia Federal, a Delta recebeu quase R$ 4 bilh�es dos contratos com o governo e repassou pelo menos R$ 413 milh�es a empresas de fachada ligadas a Carlinhos Cachoeira, que, por sua vez, aparece em liga��es telef�nicas, gravadas pela PF, atuando em favor da Delta.
Paulo Preto � apontado pela Pol�cia Federal como respons�vel por contatos entre a estatal paulista e a empresa Delta Constru��es. Ele ainda � apontado como operador de um suposto caixa 2 para campanhas tucanas.
“Fui convocado para esclarecer e esclarecerei. N�o me sinto intimidado. Vou falar a minha vers�o, que � a verdade dos fatos”, disse Paulo Preto. “S� sou amea�a para os incompetentes”, completou.
Paulo Preto n�o ingressou com pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) que lhe garantiria o direito de permanecer em sil�ncio. Pela Constitui��o Federal, nenhum cidad�o � obrigado a produzir prova contra sim pr�prio, mesmo sem o benef�cio do habeas corpus. Contudo, o instrumento tem sido requerido por v�rias pessoas convocadas para depor em CPIs por precau��o.
Depois de ser exonerado da Dersa, h�s mais de dois anos, Paulo Preto disse que n�o voltou ao mercado de trabalho e que vive de rendas, ap�s a venda de uma apartamento em S�o Paulo, capital.
A CPMI do Cachoeira est� reunida nesta quarta-feira para ouvir, al�m de Paulo Preto, Fernando Cavendish. O empres�rio ingressou no Supremo Tribunal Federal e conseguiu habeas corpus para permanecer em sil�ncio.
Com informa��es da Ag�ncia Brasil