(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Acordo para aprova��o de MP do C�digo Florestal provoca crise no Congresso

Presidente n�o sabia de nada


postado em 31/08/2012 06:00 / atualizado em 31/08/2012 07:20

Apesar de os parlamentares terem comemorado o acordo feito na quarta-feira para aprovar a medida provis�ria na comiss�o do Congresso que a analisa, a nova vers�o do texto desagradou ao Pal�cio do Planalto e provocou uma crise entre o governo e a base aliada. Durante reuni�o do Conselho de Desenvolvimento Econ�mico e Social da Presid�ncia da Rep�blica, o Conselh�o, na manh� dessa quinta-feira, a presidente Dilma Rousseff foi flagrada com um bilhete em m�os, no qual questionava as ministras Izabella Teixeira (Meio Ambiente) e Ideli Salvatti (Secretaria de Rela��es Institucionais). A presidente queria saber por que ela n�o sabia “de nada” sobre o acordo para aprovar a MP. Pressionadas, as ministras desmentiram a participa��o nas negocia��es e chegaram a mencionar um poss�vel veto.

Os parlamentares governistas recuaram e a oposi��o j� amea�a desfazer o acordo. Nas edi��es de ontem, os jornais, incluindo o Estado de Minas, noticiaram que Planalto e ruralistas haviam acordado em aprovar a medida provis�ria com algumas mudan�as.

Dilma foi fotografada lendo a resposta a seu bilhete, escrito � m�o, durante uma cerim�nia no Planalto. “Por que os jornais est�o dizendo que houve um acordo ontem no Congresso sobre o C�digo Florestal e eu n�o sei de nada?”, perguntava a presidente a Izabella e Ideli. A ministra do Meio Ambiente retrucou, afirmando n�o ter havido acordo, mas explicou que a posi��o do governo era de defesa da MP, com foco especial no modelo escalonado proposto para a recupera��o nas margens dos rios, a chamada “escadinha”, que havia sido mantida.

Em seguida, em discurso na reuni�o com pol�ticos e empres�rios, a presidente desautorizou a negocia��o. Ela enfatizou que a “escadinha” � considerada fundamental para o governo e mandou ao Congresso o recado de que n�o toleraria mudan�as na ess�ncia da MP. “O governo est� aberto a negocia��es, mas n�o assume responsabilidade por negocia��es que n�o foram feitas com a presen�a dele”, alfinetou. “O governo considera importante alguns itens dessa medida provis�ria, entre eles o que n�s chamamos de ‘escadinha’, e tamb�m n�o v� motivos econ�micos para que n�s n�o mantenhamos as �reas de prote��o ambiental ao longo do leito dos rios, sejam eles perenes ou n�o.”


Ap�s a bronca, as ministras que receberam o pux�o de orelha explicaram-se aos jornalistas. Ainda no Sal�o Oeste do Pal�cio do Planalto, Izabella atribuiu a responsabilidade do texto integralmente ao Congresso. “A posi��o do governo foi de n�o alterar a medida provis�ria, nas v�rias interlocu��es. A pr�pria presidente fez refer�ncia agora que o governo sempre est� aberto para o di�logo, mas era extremamente precioso para n�s a prote��o dos rios e o chamado artigo da ‘escadinha’, em que n�s, na proposta do governo, faz�amos um equil�brio entre o social e o ambiental”, criticou. J� Ideli divulgou nota afirmando que a aprova��o da MP “n�o teve aval ou concord�ncia do governo federal”.


Rea��o


O presidente da comiss�o especial, deputado Bohn Gass (PT-RS), e o senador Jorge Viana (PT-AC), que participaram das negocia��es desde o in�cio, confirmaram que o governo n�o opinou na etapa final do acordo, fechado na tarde de quarta-feira. Na manh� de ontem, antes do bilhete de Dilma, Jorge Viana fez um discurso no plen�rio desmentindo a participa��o do Planalto no texto aprovado.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)