
Na sess�o que inaugurou a reta final da campanha eleitoral, 38 vereadores registraram a presen�a na reuni�o ordin�ria da C�mara Municipal de Belo Horizonte, deixaram de lado a obriga��o de discutir projetos para cidade e transformaram a tribuna em palanque, para falar sobre elei��o, suas bases, elogiar colegas e atacar advers�rios. Nos discursos, o alvo preferido foi a atual administra��o da capital. Com a manuten��o de dois vetos do prefeito a projetos apresentados por vereadores, os parlamentares encerraram as atividades rapidamente. Mas deixaram outros 19 vetos e 13 projetos para os pr�ximos encontros. A primeira reuni�o de setembro acompanhou o ritmo da Casa nos �ltimos meses, quando os vereadores – 39 dos 41 tentam a reelei��o – se dedicaram � campanha eleitoral.
Se por um lado as vota��es foram retomadas em ritmo lento nas �ltimas semanas de campanha, por outro as discuss�es pol�ticas e pedidos por mais aten��o para regi�es da cidade ganharam for�a na sess�o de ontem. �nico orador inscrito para discutir projetos, o vereador Cabo J�lio (PMDB) aproveitou o palanque para discursar como candidato em campanha. Lamentou a situa��o de algumas regi�es da cidade, que, segundo ele, estariam em situa��o preocupante e convidou um candidato a prefeito a acompanh�-lo numa visita ao local.
A pedido de seu ex-colega Wellington Magalh�es (PMN), que tenta retomar uma vaga na C�mara depois de ser cassado em 2010 por compra de votos e abuso de poder econ�mico, Cabo J�lio chegou a comemorar em plen�rio a decis�o do TRE de liberar a candidatura de Magalh�es e fez v�rios elogios ao candidato. J� a vereadora Neusinha Santos (PT) tamb�m n�o fez qualquer declara��o sobre os dois projetos que chegaram a ser votadas em plen�rio mas n�o deixou passar a chance de cobrar mais a��es do prefeito Marcio Lacerda (PSB) e criticar sua campanha.
Nessa segunda-feira, as duas reuni�es marcadas para comiss�es da Casa foram canceladas e na reuni�o ordin�ria dois vetos totais do Executivo foram mantidos pelos vereadores. O primeiro disp�e sobre crit�rios para acondicionamento de alimentos em bar, restaurante, lanchonete e similar, e o outro sobre a instala��o de sistemas de seguran�a nas escolas p�blicas da cidade. Este �ltimo foi defendido pela maioria dos parlamentares que votaram sobre o tema, com 13 votos contr�rios ao veto, por�m, sem mesmo receber a defesa dos autores, o n�mero foi insuficiente para rejeitar a decis�o do prefeito.
Lentid�o
Desde o retorno das f�rias, o funcionamento da C�mara est� sendo marcado pela lentid�o nos trabalhos e pouca produtividade nas sess�es do legislativo. No m�s passado, em nove dos 13 encontros n�o houve parlamentares suficientes em plen�rio para dar in�cio �s vota��es e somente em duas sess�es foram apreciados mais de dois projetos de lei. Mesmo com registro de presen�a confirmando que os vereadores estiveram em plen�rio antes da abertura das sess�es, na hora de votar os projetos de lei em plen�rio ficou claro que os trabalhos avan�aram pouco neste segundo semestre.
O tom eleitoreiro predomina nas discuss�es do Legislativo durante o per�odo de campanha. Apesar de ter tido como l�der de governo durante o ano passado o petista Tarc�sio Caixeta, outros vereadores do partido sempre criticaram duramente a administra��o socialista antes mesmo do rompimento entre PT e PSB. Com o fim da parceria, as cr�ticas ao socialista passaram a ser mais frequentes, o que fez com que os contra-ataques se tornassem mais duros por parte da base aliada de Lacerda na C�mara.