O ex-ministro Jos� Dirceu, que deve come�ar a ser julgado nesta semana como chefe do mensal�o no Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta segunda-feira em seu site que houve um erro de estrat�gia de campanha a prefeito de S�o Paulo do PT ao acreditar que os apoios do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e da atual presidente, Dilma Rousseff, e os votos petistas seriam suficientes para levar Fernando Haddad para o segundo turno das elei��es.
Distante das reuni�es partid�rias desde que come�ou o julgamento do mensal�o, em 2 de agosto, mas opinando ativamente nas campanhas do partido por telefone, e-mail e por meio de seu site Dirceu fez nesta segunda uma defesa da mudan�a de rumo adotada pela campanha de Haddad, em S�o Paulo, que centrou esfor�os na disputa com o candidato do PRB, Celso Russomanno, nessa reta final de primeiro turno.
Com o t�tulo "Haddad no caminho certo para passar ao segundo turno", o ex-ministro afirma que o candidato petistas "est� certo ao criticar Russomanno" e que centrar a disputa com Jos� Serra (PSDB) "era coisa de tr�s a quatro semanas atr�s, quando era necess�rio desestabilizar sua ida para o segundo turno".
Dirceu, que segue acompanhando o julgamento do STF � dist�ncia - ora em sua casa em Vinhedo (SP) ora no apartamento do irm�o onde mora, em S�o Paulo -, defendeu no artigo que � preciso disputar "a fatia de voto petista que est� com Russomanno". Ele diz que Russomanno "n�o tem nada a oferecer � capital" e que a defini��o de Haddad sobre a candidatura do PRB foi correta. O candidato petista citou Vinicius de Moraes, para afirmar que o advers�rio, l�der nas pesquisas eleitorais, � como a m�sica do poeta, uma "casa que n�o tinha teto, n�o tinha nada".
O ex-ministro encerra o texto defendendo que n�o se sabe o que levou Russomanno a conquistar os votos tradicionalmente petistas mas que � preciso reconhecer o erro de focar os esfor�os s� em Serra.
"Decifrar essa esfinge, ent�o, � a quest�o central que nossa campanha n�o deu conta at� agora, ficando numa situa��o dif�cil entre dois fogos: enfrentar Jos� com sua campanha antipetista; e a necessidade de conquistar o voto do PT, a parte que ainda vai para Russomanno", escreve.