Com a base aliada dividida, a presidente Dilma Rousseff e seu padrinho, Luiz In�cio Lula da Silva, fizeram apostas pol�ticas para escolher em quais palanques subiriam nas elei��es municipais. A estrat�gia embutiu a nacionaliza��o da campanha, com o radar voltado para as disputas de 2014 contra o PSDB.
Lula cancelou agendas no Nordeste e concentrou esfor�os em S�o Paulo para eleger seu afilhado, Fernando Haddad (PT), porque entende que a conquista da Prefeitura � o primeiro passo para derrubar o PSDB do governo paulista. N�o � s�: derrotar o candidato do PSDB Jos� Serra � quest�o de "honra", j� que o tucano � um advers�rio sempre de olho no Pal�cio do Planalto.
Dilma participou de com�cio de Haddad, na segunda-feira, a pedido de Lula e fez de Minas sua trincheira contra o senador A�cio Neves (PSDB), outro presidenci�vel. Dilma � candidata a novo mandato em 2014.
Fiadora de Patrus Ananias (PT), a presidente desembarcou em Belo Horizonte na quarta-feira, um dia ap�s pesquisa do Ibope ter mostrado crescimento de 5 pontos do candidato. O prefeito M�rcio Lacerda (PSB), antigo aliado do PT que concorre � reelei��o, � apoiado por A�cio - tucano foi alvo preferencial do discurso da presidente no palanque.
Antes, na capital paulista, a presidente voltou a artilharia contra Serra. "N�o tem como dirigir o Brasil sem meter o bico em S�o Paulo", disse, respondendo a uma cr�tica do advers�rio. At� a semana passada, Dilma n�o dava certeza de que participaria de com�cios. A uma pergunta, durante viagem a Nova York, se faria campanha para Haddad, respondeu: "N�o vou contar."
"A presidente ajuda quando est� sendo uma boa presidente", disse um ministro pr�ximo a ela. Na pr�tica, Dilma atua desde o come�o do ano com Lula nos bastidores das candidaturas de Haddad e de Patrus. Em mar�o, nomeou o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) para o Minist�rio da Pesca. A iniciativa teve dois objetivos: consolidar a participa��o do PRB na base governista e facilitar uma alian�a com Haddad. Mesmo assim, o PRB lan�ou Celso Russomanno, com apoio da Igreja Universal. Na seara do PT tamb�m houve problemas e, em troca do apoio a Haddad, Dilma nomeou a senadora Marta Suplicy (SP) para o Minist�rio da Cultura, no m�s passado.