A presidente Dilma Rousseff participar� da campanha no segundo turno em S�o Paulo e Salvador. Ela j� esteve em S�o Paulo no primeiro turno em com�cio de Fernando Haddad e do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva em Guaianases, na Zona Leste paulistana. N�o esteve em Salvador, mas acertou sua presen�a com o governador Jaques Wagner e o candidato do PT � prefeitura, Nelson Pellegrino. Pessoas pr�ximas a ela n�o descartam, inclusive, que o evento seja realizado no fim de semana, emendando com o feriado do dia 12.
Dentro desse cen�rio, ficou praticamente imposs�vel a presen�a da presidente em Manaus, no palanque da comunista Vanessa Grazziottin (PCdoB). Apesar de ter prometido apoi�-la pessoalmente ainda em primeiro turno, os resultados eleitorais de domingo praticamente inviabilizaram a candidatura da aliada. Artur Virg�lio (PSDB) teve 40,5% dos votos v�lidos e Grazziottin, 19,9%. Uma dist�ncia gigantesca para ser apagada em 19 dias.
Dilma tampouco vai a capitais nas quais os partidos da base aliada estiverem disputando uma nova rodada eleitoral. � o caso, por exemplo, de Curitiba, onde o pedetista Gustavo Fruet enfrenta Ratinho J�nior (PSC). Interlocutores da presidente admitem que ela est� sofrendo uma grande press�o da chefe da Casa Civil, ministra Gleisi Hoffmann, para visitar a capital paranaense. Gleisi, ao lado do ministro das Comunica��es, Paulo Bernardo, s�o os grandes padrinhos de Fruet. Eles venceram as resist�ncias do PT paranaense, que chegou a fazer campanha, informalmente, para Ratinho Junior.
CEN�RIOS A presidente avaliou, com os ministros da coordena��o pol�tica, que o principal temor do Planalto acabou n�o se concretizando. A base aliada, apesar da enorme quantidade de candidatos nas elei��es municipais, n�o fissurou de maneira irrevers�vel. O PT elegeu mais prefeituras que tinha, mas o PMDB manteve-se como principal legenda do pa�s, triunfando em 1.025 cidades.
Dilma e seus interlocutores, contudo, identificaram algumas cis�es nos partidos. Em rela��o ao PMDB, por exemplo, a presidente teve ontem duas reuni�es distintas. Pela manh�, ela se encontrou com o vice-presidente Michel Temer. � tarde, recebeu o prefeito reeleito do Rio, Eduardo Paes, e o governador S�rgio Cabral. “N�o � uma quest�o de coincid�ncia. Algu�m duvida que s�o dois grupos que se desafiam internamente?”, questionou um interlocutor governista.
Com 42 anos e eleito para um novo mandato com 65% dos votos v�lidos, Paes brincou com os jornalistas. “Quero aqui anunciar que gostei de descer essa rampa. Sou candidato a presidente.... Pelo amor de Deus, bom humor de carioca”, disfar�ou, logo em seguida.
Acompanhado de seu padrinho pol�tico, o governador do Rio, S�rgio Cabral, o prefeito fluminense afirmou que a sua vit�ria deve-se, em grande parte, � parceria firmada entre os governos federal e do Rio. Cabral disse que a presidente est� muito entusiasmada com a candidatura de Fernando Haddad.