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Estado de Minas

Presidente do STF no auge da popularidade

Reconhecido em todo o pa�s pelo rigor do julgamento, Joaquim Barbosa assumir� o Supremo em novembro


postado em 11/10/2012 06:00 / atualizado em 11/10/2012 06:59

 

Natural de Paracatu, no Noroeste de Minas, Joaquim Barbosa fala cinco idiomas(foto: Fábio Pozzembom/ABR)
Natural de Paracatu, no Noroeste de Minas, Joaquim Barbosa fala cinco idiomas (foto: F�bio Pozzembom/ABR)

Espalhadas na internet, as imagens de Joaquim Barbosa, ora de Batman, ora de Super-Homem, d�o o tom da popularidade do relator da A��o Penal 470, mais conhecida como mensal�o. A cada voto pela condena��o, o ministro se torna refer�ncia �tica no pa�s. De her�i no imagin�rio popular, Barbosa foi al�ado ao posto de pr�ximo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) ontem, em respeito ao crit�rio da antiguidade na sucess�o do cargo. A postura r�gida no combate � corrup��o e um certo destempero na rela��o com os colegas agu�am as expectativas em torno da gest�o do primeiro negro a comandar o STF.

A posse ser� em 22 de novembro, quando Carlos Ayres Britto deixar o cargo ao completar 70 anos e se aposentar compulsoriamente. O ministro Ricardo Lewandowski ser� o vice-presidente.

Desde os tempos de inf�ncia pobre, em Paracatu, no Noroeste de Minas, Joaquim Benedito Barbosa Gomes, filho de um pedreiro e de uma dona de casa, j� mostrava sua aptid�o para os livros. Entre as partidas de futebol, o trabalho com o pai e os estudos prim�rios, o mais velho de oito irm�os come�ava a sonhar um futuro melhor para a fam�lia. O primeiro passo concreto aconteceu quando os Barbosas embarcaram em um �nibus rumo a Bras�lia. Morando no Gama, cidade do Distrito Federal, Joaquim cursou o ensino m�dio no Col�gio Elefante Branco, enquanto trabalhava para se sustentar. Poucos diriam que o jovem que limpava os banheiros do Tribunal Regional Eleitoral da capital chegaria t�o longe.


Com dedica��o reconhecida, concluiu o curso de direito na Universidade de Bras�lia. Logo ingressou no servi�o p�blico como oficial de chancelaria. Chegou a morar na Finl�ndia representando o Brasil pelo Minist�rio das Rela��es Exteriores. Depois de passar por alguns cargos da �rea jur�dica no Servi�o de Processamento de Dados (Serpro) e no Minist�rio da Sa�de, Barbosa entrou para o Minist�rio P�blico Federal. A concep��o de justi�a moldada pelas dificuldades sentidas na pr�pria pele ao longo da vida foi ainda mais lapidada pela natureza do cargo de procurador. A verve acusat�ria se solidificou no �rg�o que Joaquim s� deixou quando foi indicado pelo presidente Lula, em 2003, para ser ministro do STF.


Lula queria um ministro negro. Dos v�rios curr�culos que chegaram ao ent�o presidente da Rep�blica por meio de interlocutores, o de Barbosa era de longe o melhor. No fim da d�cada de 1980, o ent�o procurador obteve licen�a do MPF para ficar quatro anos estudando em Paris, de onde voltou com o t�tulo de mestre e doutor em direito p�blico. Tamb�m foi professor visitante em universidades de Nova York e Los Angeles. Fala alem�o, ingl�s, franc�s e atualmente se dedica ao espanhol. Barbosa comentou ontem que em sua gest�o "n�o haver� turbul�ncia nem grandes inova��es".


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