Com apenas duas semanas pela frente, os oito candidatos que disputam o segundo turno das elei��es em quatro cidades de Minas Gerais correm contra o tempo para tentar virar o jogo ou garantir a vit�ria que obtiveram na primeira vota��o. Al�m dos eleitores de candidatos derrotados em 7 de outubro, eles buscam os apoios do governo federal, estadual ou de ambos. Na guerra para governar algumas das maiores cidades mineiras, explorar o ponto fraco do advers�rio tamb�m pode fazer a diferen�a.
Em Juiz de Fora, na Zona da Mata, a candidata do PT, Margarida Salom�o aposta na visita do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e de ministros do governo federal para mostrar sua for�a em Bras�lia. A campanha petista quer colar no advers�rio, o deputado estadual Bruno Siqueira (PMDB), a imagem do prefeito Cust�dio Mattos (PSDB), que n�o chegou ao segundo turno devido a seu alto �ndice de rejei��o. Enquanto isso, Bruno trabalha para ter o apoio dos caciques tucanos – o governador Antonio Anastasia e o senador A�cio Neves – sem levar junto Cust�dio Mattos, que representaria um �nus.
“A principal tarefa para essa pr�xima etapa � diferenciar as candidaturas, as duas propostas e trajet�rias. O primeiro turno mostrou uma cidade muito indecisa, voc� tem um percentual alto de 17% de absten��o e muitos eleitores que votaram nulo. No fim, duas candidaturas tecnicamente empatadas passaram para o segundo turno”, avaliou Margarida Salom�o. J� Bruno Siqueira aproveita a rivalidade entre petistas e tucanos para argumentar que sua legenda, o PMDB, tem boas rela��es com os governos Dilma Rousseff (PT) e Anastasia. “� muito importante para Juiz de Fora ter tamb�m o apoio do governo de Minas, al�m do governo federal. � sem d�vida uma diferen�a que temos, um trabalho de inclus�o e n�o de exclus�o como eles t�m pregado. O PT s� fala do governo federal, parece que Minas n�o existe”, criticou o peemedebista.
Continuidade
Se em Juiz de Fora se desvincular da gest�o atual � o melhor, em Contagem, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, vigora o contr�rio. Em disputa in�dita de partidos aliados, Carlin Moura (PCdoB) e Durval �ngelo (PT) tentam mostrar proximidade com a prefeita Mar�lia Campos (PT), bem avaliada. A campanha de Durval vai tentar reverter o que considerou uma “apropria��o ind�bita” de projetos em Contagem pelo advers�rio Carlin e minimizar o efeito da estrat�gia advers�ria que usa a participa��o do petista na �rea dos direitos humanos para colar nele a imagem de defensor de bandidos.
“A popula��o de Contagem mostrou que quer a continuidade e tenho que mostrar que sou a pessoa mais preparada para isso”, disse Durval. O petista tamb�m quer deixar claro que o apoio da presidente Dilma � seu. “O advers�rio mostrou um depoimento que a presidente deu no anivers�rio do PCdoB h� um ano, impessoal. Eu mostrei depoimentos de Lula e Dilma dirigidos a mim”, afirmou o petista, que espera a visita de Lula e da ex-senadora Marina Silva, que j� subiu em seu palanque no primeiro turno). J� Carlin Moura quer ampliar o leque de aliados e mostrar o bom tr�nsito com o governo do estado, cidades da Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte e segmento empresarial. “Dilma e Lula n�s tamb�m temos. Sou da base da Dilma h� 30 anos. Nossa diferen�a � que nossa campanha � focada na cidade e n�o na disputa nacional”, comparou.