Esquema de Cachoeira movimentou R$ 84 mi, diz CPI

Balan�o preliminar feito pelo relator da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), aponta movimenta��o financeira de R$ 84 bilh�es, nos �ltimos dez anos, entre cr�ditos e d�bitos de envolvidos na organiza��o criminosa comandada pelo contraventor Carlos Augusto Ramos. Esse volume de recursos foi detectado nas quebras de sigilo fiscal e banc�rio de 75 pessoas f�sicas e jur�dicas. Acordo fechado nesta ter�a entre governo e oposi��o estabeleceu a prorroga��o dos trabalhos da CPI.

Prevista para terminar dia 4 de novembro, a CPI dever� funcionar at� 22 de dezembro, quando come�a o recesso do Congresso. A CPI est� paralisada h� mais de um m�s e s� voltar� a funcionar depois do segundo turno das elei��es municipais, no dia 28 de outubro. A ideia � fazer uma reuni�o administrativa no dia 31 de outubro para definir os pr�ximos passos da Comiss�o. A tend�ncia � que a CPI use o tempo extra apenas para votar o relat�rio final, sem fazer novas investiga��es ou quebras de sigilo.

"Decidimos por unanimidade prorrogar os trabalhos da CPI porque n�o quer�amos contaminar as discuss�es do relat�rio final com as elei��es", alegou o presidente da CPI, senador Vital do R�go (PMDB-PB). "N�o h� acordo sobre o prazo adequado para prorrogar a CPI. S� n�o queria correr o risco de a CPI n�o conseguir votar o relat�rio", observou Odair Cunha. "O importante � que a CPI foi prorrogada", afirmou o senador Pedro Taques (PDT-MT).

A estrat�gia dos governistas e de parte da oposi��o � prorrogar a CPI, mas sem a aprova��o de novas quebras de sigilo banc�rio e fiscal de empresas que receberam ou enviaram recursos para Delta Constru��es. Ao todo, 29 empresas teriam feito movimenta��es vultosas com a empreiteira. Mas dessas, 17 n�o tiveram seus sigilos abertos pela CPI. Essas quebras poderiam apontar uma nova ramifica��o do esquema de Cachoeira para S�o Paulo e o Rio de Janeiro. As investiga��es at� agora se limitaram a Goi�s.