Os candidatos que disputam o segundo turno em S�o Lu�s do Maranh�o e o grupo pol�tico do presidente do Senado, Jos� Sarney (PMDB), est�o em guerra pelo apoio da presidente Dilma Rousseff. Sarney n�o tem mais nenhum aliado na disputa da capital maranhense, mas emitiu sinais de que n�o concordava com a grava��o de uma declara��o de apoio da presidente ao �nico governista no p�reo, o deputado federal Edivaldo Holanda J�nior (PTC), l�der nas pesquisas.
S�o Lu�s � tradicionalmente refrat�ria aos Sarney. Desde o restabelecimento das elei��es diretas, em 1985, nunca um aliado conseguiu vencer na cidade. Em 2012, o grupo lan�ou a candidatura de Washington Oliveira (PT), vice-governador de Roseana Sarney (PMDB). Mesmo com 14 partidos coligados, a alian�a foi um fiasco e o petista amargou a quarta posi��o, com 11% dos votos.
No 2º turno, o grupo se manteve neutro e pediu ao PT que fizesse o mesmo porque Holanda J�nior tem como principal apoiador o presidente da Embratur, Fl�vio Dino (PC do B), opositor ferrenho de Sarney e pr�-candidato ao governo em 2014.
Presidente em exerc�cio do diret�rio estadual do PMDB, Remi Ribeiro resume o pensamento do grupo. “� uma quest�o de an�lise. O que o Sarney pode ajudar o PT nacionalmente e o que o Edivaldo e o Dino podem?”, questiona. Remi garante, por�m, n�o ter existido pedido direto do presidente do Senado para que Dilma e Lula ficassem fora da disputa.
O PT � um partido dividido no Estado. Em 2010, o diret�rio local aprovou uma coliga��o com Dino contra Roseana. Mas o comando nacional do PT interveio e trocou a alian�a, indicando Washington para vice da filha de Sarney. Grande parte dos petistas do Estado, por�m, continuou na oposi��o e est� engajada na campanha de Holanda J�nior.
Representante maranhense no diret�rio nacional petista, M�rcio Jardim tenta minimizar a aus�ncia da presidente. Ele destaca que foi exibida na quarta-feira, pela primeira vez, uma grava��o do ministro Alexandre Padilha (Sa�de) feita para o hor�rio eleitoral e afirma ser esse fato um posicionamento do partido. “O ministro � um porta-voz do governo.” Na grava��o, Padilha cita programas da pasta e manifesta apoio.
O candidato governista � sereno sobre a aus�ncia da presidente. “N�s respeitamos a n�o entrada dela”, diz Holanda J�nior. “A gente sabe que muitas dessas coisas acontecem por interven��o do Sarney”, completa. Sem o apoio direto, a campanha tem espalhado cartazes com fotos da presidente e repetido que o candidato � do conselho pol�tico de Dilma. Com reuni�es escassas, o �rg�o � formado por presidentes e l�deres de partidos da base, inclusive o nanico PTC de Holanda J�nior.
Ausente no hor�rio eleitoral ou com�cios, Dilma, por�m, aparece bem at� em comerciais do candidato do PSDB. Jo�o Castelo destaca frequentemente os conv�nios com o governo federal, diz que sua parceria com a presidente � “de fato e n�o de foto” e se declara “f�” de Dilma.
Tucano
Depois de manifestar seu apre�o pela presidente Dilma, o candidato do PSDB vai receber em S�o Lu�s nesta semana um correligion�rio apontado como prov�vel advers�rio dela em 2014, o senador A�cio Neves (MG).