Um dia ap�s o senador A�cio Neves (PSDB) desembarcar em Campinas em campanha para o candidato a prefeito do PSB, Jonas Donizette, o PT colocou o presidente da C�mara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), para responder aos ataques. O deputado afirmou, durante ato de apoio ao candidato M�rcio Pochmann (PT) nesta quinta-feira, que o principal presidenci�vel do PSDB para 2014 "pula que nem pipoca" quando o assunto � alian�a partid�ria.
J� a campanha de Jonas contou com a presen�a do prefeito reeleito de Belo Horizonte (MG), M�rcio Lacerda, para afirmar que o apoio da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva n�o "tem resultado sens�vel" nas urnas.
Em visita a Campinas, na quarta-feira, A�cio afirmou que a alian�a do PSB com o PSDB � natural e que o PT adotava um discurso da �poca da "ditadura", quando sugere que prefeitos petistas e aliados ter�o privil�gios para obten��o de recursos federais.
"O PSB estar� conosco no governo da presidenta Dilma em 2014, eu n�o tenho d�vida disso, tenho conversado muito com o nosso governador e presidente do PSB, Eduardo Campos", afirmou Maia. "Eu acho que aqui em Campinas h� um erro por o PSB aceitar um apoio que vem contaminado por tudo aquilo que houve de atraso e desmando no nosso Pa�s", conclui o deputado.
Em Campinas, cidade estrat�gica para o PT e para o PSB, que � aliado local do PSDB, Jonas aparece com 45% das inten��es de voto, contra 37% de Pochmann, segundo �ltima pesquisa Ibope, de segunda-feira (22).
Para Maia, � "o PSDB que tem produzido alian�as eleitoreiras", em refer�ncia � mesma acusa��o feita por A�cio contra o PT no dia anterior. "O que n�o � o nosso caso. N�s n�o faremos alian�a de forma alguma com o PSDB, com o Democratas, porque est� fora da nossa pol�tica de alian�as."
Ataques a Dilma e Lula
Sobre os ataques de A�cio, ele afirmou que o PT tem defendido que "estar pr�ximo do governo federal neste momento � uma posi��o inteligente".
Maia avaliou que essas elei��es comprovaram ainda que "Lula � de fato um cabo eleitoral de peso". "O resultado eleitoral que n�s teremos nessa elei��o � muito positivo no sentido de afirmar que o Brasil est� indo no caminho certo. Ningu�m votaria no candidato do Lula se achasse que Lula n�o acertou na constru��o das pol�ticas que ele realizou durante os oito anos em que esteve � frente da Presid�ncia. Ningu�m votaria no candidato da Dilma se n�o achasse que ela est� no caminho certo."
Em Campinas, Pochmann foi uma escolha de Lula para a disputa e contou com o apoio direto do ex-presidente e da presidente nesse segundo turno.
Belo Horizonte
Minutos antes o candidato do PSB recebia o apoio do prefeito reeleito de Belo Horizonte, M�rcio Lacerda, que venceu no primeiro turno enfrentando o candidato do PT, o ex-ministro Patrus Ananias, apoiado tamb�m diretamente pela presidente Dilma e pelo ex-presidente Lula.
"A presen�a do ex-presidente Lula e da presidente Dilma na campanha n�o fez diferen�a sens�vel. Talvez tenha mudando um, dois, tr�s pontos nas pesquisas, mas de uma forma muito difusa, n�o deu para captar isso com clareza", afirmou Lacerda, reeleito com 52% dos votos v�lidos.
Segundo ele, "foi preciso desmontar o discurso de que � preciso ter um prefeito do mesmo partido da presidente para que a cidade fosse bem atendida. � um discurso antigo e superado. Os recursos n�o s�o do partido A, do governo B, s�o da popula��o".
"O modo petista de governar est� um pouco envelhecido. O aparelhamento partid�rio, a prioriza��o dos interesses do partido em detrimento da gest�o, n�o � algo que agrade a popula��o", atacou Lacerda, aliado de A�cio.