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Estado de Minas

Dilma passou no teste do carisma

A presidente, que chegou a ganhar um bambol� de um aliado por n�o ter "gingado eleitoral", mostrou que est� mais � vontade no palanque


postado em 28/10/2012 06:00 / atualizado em 28/10/2012 08:14

A presidente Dilma Rousseff est� no palanque do candidato do PT � prefeitura, M�rcio Pocchmann. Ao seu lado, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. O jingle do candidato toca no alto-falante: "Todos da fam�lia votam no 13". De repente, um militante estende os bra�os para o palco e grita: "Dilma, Dilma! Meu pai � 13, minha m�e � 13, meu irm�o � 13, eu sou 13, minha mulher � 13. L� em casa s� a minha sogra � tucana!".

O envolvimento dos militantes nos com�cios petistas, t�o comum na �poca do Lula presidente, est� sendo retomado nos eventos que contam com a presen�a de Dilma Rousseff. A l�der pol�tica dura, at� meio sem jeito para encarar essas manifesta��es partid�rias, que chegou a ganhar um bambol� do l�der do PMDB na C�mara, Henrique Eduardo Alves (RN), para "ter mais jogo de cintura", est� aprendendo os passos do gingado eleitoral. "A Dilma de hoje � muito diferente da Dilma da campanha presidencial de 2010. Ela est� muito mais � vontade para fazer discursos em p�blico", disse um aliado.

Tamb�m passou, surpreendentemente, a ser requisitada. No primeiro e, especialmente, no segundo turno das elei��es municipais, uma avalanche de pedidos chegou ao Diret�rio Nacional do PT e ao Pal�cio do Planalto. N�o havia um candidato da base que n�o quisesse ter a presidente ao lado para pedir votos. Justamente ela, que passou 2011 e boa parte de 2012 sendo demonizada por congressistas, que n�o se cansavam de expor as saudades que sentiam de Lula e de seu jeito de negociar com os aliados, de repente passou a ser vista pelos mesmos pol�ticos, muitos travestidos de candidatos, como algu�m capaz de decidir uma elei��o.

Para o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, que n�o sossegou enquanto n�o levou a presidente ao palanque de Vanessa Grazziotin, candidata dos comunistas � Prefeitura de Manaus, o sucesso de Dilma est� muito atrelado aos �ndices estratosf�ricos de aprova��o que ela coleciona nesses 22 meses de governos. "Ela conseguiu um capital pol�tico que n�o pode ser dispensado por nenhum candidato", sentenciou Rabelo.

Na opini�o dele, essa rela��o � de m�o dupla, boa tamb�m para a presidente, n�o apenas para os pol�ticos. Daqui a dois anos, ela ser� candidata � reelei��o e precisar� de uma rede de apoios que a ampare nessa caminhada. "Dilma � muito sagaz, percebeu que o estilo inicial precisava ser adaptado", acrescentou.

Outro aliado "encantado" � o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral (RJ), que lembra: "Todos ganham com isso. E n�o h� como negar que ela est� muito mais solta, mais desenvolta".

Maternal O fato de ser a primeira mulher a presidir o pa�s tamb�m confere a Dilma um tratamento diferenciado. Quando esteve, ainda no primeiro turno em Belo Horizonte, para ajudar o amigo e companheiro de partido Patrus Ananias (PT) - Marcio Lacerda (PSB) acabou reeleito em primeiro turno -, Dilma desceu do palanque oficial para encontrar-se com algumas mulheres que tinham sido removidas de �reas de risco e ganharam moradias do Minha Casa, Minha Vida. "A presidente est� muito identificada com as mulheres e come�a a se aproximar cada vez mais dos eleitores, em uma rela��o quase maternal", declarou ao Estado de Minas um interlocutor do PT.

� bem verdade que a m�e acolhedora, na vis�o dos eleitores, ainda tem seus rompantes de m�e brava com aliados. E nem sempre est� aberta a brincadeiras ou piadinhas. No com�cio em Manaus, por exemplo, segundo relato de quem estava no palanque, Vanessa Grazziotin empolgou-se e queria que todos cantassem o jingle da campanha. Passou o microfone de boca em boca at� chegar a vez da presidente. Sem a menor disposi��o para cantar em p�blico, Dilma olhou para a candidata, olhou para o microfone, e n�o teve d�vidas: empurrou o equipamento para a ministra da Articula��o Pol�tica, Ideli Salvatti, j� acostumada a socorrer a presidente quando a paci�ncia dela com os pol�ticos acaba.


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