A derrota do candidato do PSDB � Prefeitura de S�o Paulo, Jos� Serra, cria uma nova polariza��o no principal partido de oposi��o, protagonizada pelo governador paulista, Geraldo Alckmin, e o senador mineiro A�cio Neves, ambos potenciais presidenci�veis.
A tend�ncia hoje � que Alckmin dispute a reelei��o daqui a dois anos. Nesse cen�rio, poderia apoiar a candidatura de A�cio ou trabalhar por uma alian�a em torno do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidenci�vel do PSB. A alian�a nacional com os socialistas interessa aos aliados de Alckmin, que querem o apoio do PSB em S�o Paulo. O paulista pretende esperar 2018 para concorrer ao Planalto.
Com a derrota, os tucanos avaliam n�o haver mais espa�o para Serra concorrer � Presid�ncia - mesmo que ele queira, hip�tese que alguns aliados tamb�m n�o descartam. A tese defendida no PSDB, que j� come�ara a se esbo�ar nesta elei��o municipal em S�o Paulo, � a de renova��o. Para os tucanos, seria natural agora Serra disputar o Senado em 2014 e abrir espa�o para outra gera��o, com A�cio, Alckmin e o governador do Paran�, Beto Richa.
Apesar do clima pr�-mudan�a, o tucano n�o deve sair da cena pol�tica. Pode repetir o roteiro de 2010, quando perdeu a elei��o presidencial e tentou aumentar a influ�ncia no partido, pleiteando a presid�ncia do PSDB.
Em maio, o PSDB ter� de escolher um novo presidente. O estatuto do partido n�o permite mais a reelei��o de S�rgio Guerra (PE). O grupo de A�cio, com quem Serra � rompido politicamente, j� trabalha para fazer a indica��o, que poderia ser o pr�prio senador ou um aliado, como o secret�rio-geral da legenda, deputado Rodrigo de Castro.