O prefeito eleito de S�o Paulo, Fernando Haddad, afirmou que mant�m um bom di�logo com o atual prefeito Gilberto Kassab, e que n�o v� "hip�tese" de o PSD fazer oposi��o sistem�tica ao seu governo na C�mara Municipal de S�o Paulo. "N�o imagino o PSD fazendo oposi��o sistem�tica", disse o petista, em entrevista coletiva concedida na tarde desta segunda-feira, informando que amanh�, ter�a (30), ele se reunir� com Kassab e com o governador Geraldo Alckmin (PSDB).
No momento em que a legenda liderada por Kassab se aproxima do governo federal, Haddad disse conhecer alguns vereadores eleitos pelo PSD. Citando o atual presidente da C�mara, Jos� Police Neto o prefeito eleito afirmou que acredita no apoio de partidos que fazem oposi��o ao PT. "Acho que vai haver um bom entendimento", reiterou. No entanto, Haddad revelou que ainda n�o h� tratativas para uma aproxima��o formal entre PT e PSD na cidade de S�o Paulo.
Dilma
Nesta manh�, Haddad se reuniu com a presidente Dilma Rousseff no Pal�cio do Planalto, onde foi estabelecida a cria��o de uma equipe de transi��o para tratar dos assuntos de interesse da capital paulista junto � Uni�o, entre eles, a renegocia��o da d�vida do munic�pio. O assunto dever� voltar � pauta na pr�xima semana, quando o novo prefeito se encontrar� com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. De acordo com Haddad, o objetivo � estreitar o relacionamento entre a maior cidade do Pa�s e o governo federal. "� uma reconcilia��o, de certa maneira, de S�o Paulo com o Brasil, � dessa forma que a periferia tamb�m vai se conciliar com o centro (de S�o Paulo)", disse o petista.
Maluf
Perguntado sobre a presen�a do presidente estadual do PP, deputado federal Paulo Maluf, em sua festa da vit�ria na noite de domingo(28), Haddad lembrou que a alian�a com o partido se deu atrav�s do ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, e que a sua rela��o com Maluf � institucional. "Trato todo mundo pelo mandato que tem. Trato todo mundo com educa��o", respondeu. Sobre a composi��o de seu secretariado, Haddad disse que ainda vai definir os crit�rios para a indica��o de seus auxiliares e que n�o trabalhar� com "indica��es de ordem pessoais". "Seremos muito criteriosos na escolha dos nossos colaboradores", avisou. Haddad disse estar aberto para ouvir sugest�es "at� de quem n�o � pol�tico", como cientistas, artistas, lideran�as comunit�rias e os seus colaboradores que trabalharam no plano de governo. De acordo com ele, ainda n�o h� negocia��es para indica��es em curso.
Lula
Para o petista, sua vit�ria se deve a uma soma de fatores, como os apoios constru�dos durante a campanha, as lideran�as do partido, a atua��o do governo federal, a milit�ncia petista, o seu plano de governo e sua "performance razo�vel". "Tivemos uma combina��o virtuosa desses fatores", disse. Apesar de ter dificuldade em quantificar o peso do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva em sua candidatura, Haddad fez quest�o de enfatizar que sua vit�ria tamb�m � a vit�ria do ex-presidente. "N�o h� como negar a vit�ria do presidente Lula."