A CPI do Cachoeira aprovou nesta quarta-feira, por 17 votos a 9, um pedido para suspender a vota��o de 533 requerimentos de convoca��o de pessoas e de quebras de sigilo de empresas ligadas ao esquema montado pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Ap�s intensa discuss�o de parlamentares da base e da oposi��o, a maioria aceitou a proposta do relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), segundo a qual a vota��o de requerimentos fosse suspensa at� que o Congresso decida se a comiss�o vai ou n�o prorrogar os trabalhos.
O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) criticou a inten��o de suspender a vota��o de requerimentos. Segundo Lorenzoni, o pedido esconde a inten��o de rejeitar a quebra de sigilo de 13 empresas que teriam v�nculos com a empreiteira Delta, supostamente ligada a Carlinhos Cachoeira.
Ao defender a proposta do relator da CPI, o deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ) disse que Odair Cunha, desde o primeiro dia dos trabalhos de investiga��o, "n�o desviou um dia sequer" do plano tra�ado para as apura��es. "A proposta do relator � que a gente n�o bote a carro�a na frente dos bois: primeiro se vote a prorroga��o dos trabalhos", destacou.
Onyx acusou Picciani de ser "do grupo que quer blindar a Delta". O deputado do PMDB retrucou, dizendo lamentar "profundamente" o desrespeito com ele e com muitos colegas da comiss�o. "Eu quero dizer que n�s n�o nos prestamos ao papel de defender, blindar, proteger quem quer que seja. Mas n�o vamos permitir a persegui��o pol�tica de alguns atores pol�ticos aqui", rebateu, referindo-se � tentativa de tentar convocar o governador do Rio de Janeiro, S�rgio Cabral, seu aliado pol�tico.
"� s� marcar a missa de s�timo dia", afirmou o deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP), logo ap�s a vota��o. Em protesto � decis�o, os integrantes da oposi��o deixaram o plen�rio.