O jantar marcado para esta ter�a-feira � noite pela presidente Dilma Rousseff com a c�pula do PMDB e do PT transmite o recado para o mundo pol�tico do fortalecimento da alian�a entre os dois partidos, no momento em que a legendas fazem os seus balan�os do resultado das elei��es municipais. O encontro com os presidentes e l�deres partid�rios, al�m dos ministros das duas legendas, servir� mais pelo aspecto simb�lico em torno da coaliz�o do que a discuss�o de quest�es pr�ticas, invi�vel com o abrangente p�blico convidado para o jantar no Pal�cio da Alvorada.
Para o PMDB, o encontro tem ainda como pano de fundo a sucess�o nas Mesas da C�mara e do Senado em fevereiro no pr�ximo ano. A c�pula peemedebista quer o l�der do partido, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), no lugar do petista Marco Maia (RS), mas enfrenta resist�ncias de setores da bancada do PT e assiste ao crescimento da candidatura do deputado J�lio Delgado (PSB-MG).
No Senado, o PT n�o faz oposi��o ao nome que o PMDB escolher, at� agora o do l�der Renan Calheiros (PMDB-AL), seguindo a regra de que a maior bancada tem o direito de indicar o presidente da Casa. Na C�mara, embora o PT forme a maior bancada, um acordo com o PMDB garante o rod�zio do cargo entre os dois partidos. H� permiss�o, no entanto, para o lan�amento de candidaturas avulsas para a presid�ncia, o que poderia atrapalhar as pretens�es de Henrique Alves.
Setores do PT esperavam um encontro com a presidente para resolver problemas com a pauta priorit�ria do Congresso: o projeto de distribui��o dos royalties, a medida provis�ria com mudan�a no setor el�trico, por exemplo. No entanto, com tantos participantes, um petista j� baixou as expectativas e se conformou de que o encontro com a presidente ter� um contorno pol�tico gen�rico, com discursos de fortalecimento da alian�a e cita��o de projetos importantes a serem votados no Legislativo.