O presidente do Senado, Jos� Sarney (PMDB-AP), carrega consigo o fantasma dos parentes. At� uma audi�ncia da Associa��o dos Ju�zes Federais (Ajufe) e da Associa��o Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra), na qual os representantes das duas entidades pediriam a Sarney ajuda para a vota��o de projetos que reajustam o sal�rio do Judici�rio, teve a ajuda de uma sobrinha. A reuni�o ocorreu ao meio-dia, no gabinete do senador.
Da parte de Sarney, sua assessoria informou que s�o feitos mais de cem pedidos de audi�ncia a ele por dia. E que para receber a Ajufe e a Anamatra n�o precisaria da solicita��o de uma sobrinha. Mas um assessor das duas entidades confirmou que a sobrinha tem sido muito �til na negocia��o de suas agendas com o senador.
Os ju�zes marcaram tamb�m audi�ncias com outras autoridades do Congresso. E, em pelo menos um caso, tamb�m recorreram a um pistol�o. O encontro com o l�der do PSB, Givaldo Carimb�o (AL), foi intermediado pela deputada Sandra Rosado (PSB-RN), segundo o documento distribu�do pela assessoria de ambas as entidades.
J� as audi�ncias com o presidente da C�mara, Marco Maia (PT-RS), o l�der do PTB, Jovair Arantes (GO), o l�der do PT, Jilmar Tatto (SP), e o l�der do PSD, Guilherme Campos (SP), n�o tiveram intermedi�rios.
Os representantes dos ju�zes foram ao Congresso comunicar que os magistrados da Justi�a do Trabalho e Federal decidiram paralisar suas atividades por dois dias - ontem e hoje - para mostrar ao governo que tiveram perdas salariais de 28,86% desde 2005. Disseram ainda que n�o v�o participar da Semana Nacional de Concilia��o do Conselho Nacional de Justi�a (CNJ), que teve in�cio ontem e vai at� o dia 14. Afirmaram que retomar�o as concilia��es depois do dia 14.