Depois de sete anos sem avan�ar nas investiga��es, a Pol�cia Federal e o Minist�rio P�blico Federal arquivaram o inqu�rito sobre poss�vel tr�fico de influ�ncia de F�bio Lu�s Lula da Silva o Lulinha, filho mais velho do ex-presidente Lula. Em 2004, no segundo ano do governo do pai, Lulinha recebeu R$ 5 milh�es da operadora de telefonia Telemar, atual Oi, uma concession�ria p�blica. O dinheiro foi injetado na Gamercorp, uma empresa de jogos eletr�nicos aberta no ano anterior com um capital de R$ 10 mil. O inqu�rito foi arquivado sem que ningu�m tenha sido chamado a depor.
Em 2010, o procurador Marcus Marcelo Goulart recomendou o arquivamento do inqu�rito 5a C�mara de Coordena��o e Revis�o (CCR), um �rg�o da Procuradoria Geral da Rep�blica. A CCR, no entanto, manteve o inqu�rito aberto. O arquivamento ocorreu em agosto, segundo informou a Folha de S.Paulo, ap�s novo pedido do procurador Bruno Vieira. Desta vez, a CCR aceitou a sugest�o.
Em sete anos de inqu�rito, O Minist�rio P�blico e a Pol�cia Federal n�o ouviram Lulinha, o pai e outros citados no esc�ndalo. Os procuradores se limitaram a enviar pedidos de informa��o por escrito � Gamecorp, � Telemar e ao BNDES. No pedido, o Minist�rio P�blico perguntou � Telemar e ao BNDES se sabiam que Lulinha era filho de Lula. O pedido de informa��o a Lulinha s� foi feito em 2009. Na defesa do filho ex-presidente, o advogado Roberto Teixeira escreveu que n�o havia "impedimento legal" para Lulinha participar da sociedade da Gamecorp pelo fato de ele ser filho do presidente da Rep�blica.
Ap�s analisar as respostas e confrontar com reportagens de jornais, o Minist�rio P�blico decidiu arquivar as investiga��es. Na interpreta��o do �rg�o, Lulinha n�o fez tr�fico de influ�ncia e o aporte de capital na Gamecorp n�o causou preju�zo para os s�cios da operadora de telefonia. Nos �ltimos anos, a empresa criada por Lulinha acumulou preju�zos. Procurados na tarde de ontem para dar detalhes do arquivamento, o Minist�rio P�blico e a Pol�cia Federal n�o retornaram telefonemas e e-mails.