O apoio do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva tornou-se decisivo para que o senador Lindbergh Farias (PT), cuja pr�-candidatura a governador do Rio foi oficializada domingo pelo Diret�rio Regional da legenda, dispute o Pal�cio Guanabara em 2014 - mesmo que isso ameace a alian�a com o PMDB. Depois de afastar Lindbergh da corrida pelo governo em 2010 em favor da reelei��o do governador S�rgio Cabral Filho (PMDB), o ex-presidente tem dado sinais de que poder� agir de modo diferente na pr�xima sucess�o. Um deles � o envio, no dia 23, de sua assessora Clara Ant para falar das Caravanas da Cidadania, experi�ncia que o parlamentar quer repetir no Rio. Outra poder� ser a presen�a do ex-presidente no lan�amento da iniciativa, depois do carnaval de 2013.
O PT trabalha com um cen�rio em que a candidatura de Pez�o, um pol�tico pouco conhecido da maioria do eleitorado fluminense, continuar� enfrentando dificuldades, enquanto outro polo, liderado por um advers�rio de Cabral, o ex-governador Anthony Garotinho (PR), virtual pr�-candidato, se fortalece. Em uma avalia��o otimista, os petistas consideram que, com essa configura��o, o governador poderia ser levado a apoiar o PT para se apresentar como vitorioso na disputa. Em outra configura��o, mais pessimista, haveria tr�s candidatos de partidos da presidente Dilma Rousseff ao governo do Rio, com Pez�o e Lindbergh mantendo um pacto de n�o-agress�o. A possibilidade de nova alian�a imposta est� afastada, avaliam petistas.
Proposta
Em entrevista na noite de domingo, Lindbergh explicou que a proposta petista � que a coliga��o seja mantida, mas com a candidatura do PT ao governo estadual e apoio do PMDB. "O cen�rio ideal � o de manter a alian�a com o PMDB e assegurar a cabe�a de chapa para o PT", disse o senador. "N�o sendo poss�vel vamos fazer como na campanha de (Gabriel) Chalita (PMDB) e (Fernando) Haddad (PT) em S�o Paulo", declarou, referindo-se � conviv�ncia pac�fica das duas candidaturas � Prefeitura paulistana no primeiro turno em 2012, que gerou, no segundo, uma alian�a.
Lindbergh afirmou que o PT esperar� at� o segundo semestre de 2013 para conseguir o apoio do PMDB. Garantiu, por�m, uma rela��o "respeitosa" do PT com Cabral e disse que os deputados estaduais do partido continuar�o a apoiar o governo do Estado na Assembleia Legislativa. O senador tamb�m tem uma esp�cie de "seguro" contra uma interven��o da Dire��o Nacional em favor de Pez�o: ele j� indicou que, se for impedido de concorrer , ir� para o PSB disputar o Guanabara. O crescimento das apostas em rela��o ao presidente nacional do partido, o governador Eduardo Campos (PE), tornou essa hip�tese mais temida no campo governista.