Bras�lia - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Carlos Ayres Britto, disse nesta ter�a-feira que encerrar� sua carreira no Judici�rio brasileiro “com o sentimento de dever cumprido”. Britto trabalhar� como presidente da Casa at� a pr�xima sexta-feira, quando ser� aposentado compulsoriamente por completar 70 anos.
Britto negou que tenha sugerido um mutir�o no Supremo para agilizar o fim do processo do mensal�o. Caso a a��o penal fosse finalizada at� a pr�xima sexta-feira, seu �ltimo dia de trabalho, Ayres Britto seria o respons�vel pela proclama��o das senten�as.
"Queria tocar o processo em um ritmo compat�vel entre presteza e seguran�a. O que eu n�o queria incidir, como n�o fiz, foi em pressa, porque isso prejudicaria a seguran�a do julgamento. Se n�o der para eu proclamar [as senten�as], o ministro Joaquim [Barbosa] o far�, e isso n�o me frustra em nada", explicou.
Sobre sua atua��o no STF, o ministro disse que os processos mais marcantes foram os que tiveram como tema a demarca��o da Terra Ind�gena Raposa Serra do Sol, a interrup��o da gravidez de feto anenc�falo, a libera��o de pesquisa com c�lulas-tronco embrion�rias e o reconhecimento das uni�es homoafetivas. Segundo ele, “foram casos que modificaram a cultura e a sociedade brasileira para melhor”.
A partir de segunda-feira (19), o STF ser� presidido interinamente pelo ministro Joaquim Barbosa - atual relator da A��o Penal 470, o processo do mensal�o - cuja posse ser� no dia 22 de novembro. Hoje, Barbosa disse que sua gest�o dever� ser marcada pela transpar�ncia e simplicidade.