Parlamentares adiam reuni�o com procurador-geral da Rep�blica sobre CPI do Cachoeira

Em uma mudan�a de estrat�gia, parlamentares da CPI do Cachoeira decidiram adiar para a semana que vem reuni�o com o procurador-geral da Rep�blica, Roberto Gurgel. Nessa nova data, levar�o o voto a ser apresentado ao parecer do relator da comiss�o, deputado Odair Cunha (PT-MG), e n�o mais um parecer avulso que pretendiam entregar nesta quarta. Eles entendem que surtir� mais efeito a entrega de um documento ao Minist�rio P�blico Federal (MPF) apontando as brechas do parecer oficial da CPI, em vez de se manifestarem individualmente.

 

Chamado de "parecer anti-pizza", o parecer de deputados e senadores vai atacar pontos que dever�o ser ignorados pelo relator, como o pedido de indiciamento do dono da Delta, Fernando Cavendish; e da quebra do sigilo banc�rio e fiscal da empresa. � esperado do relat�rio oficial apenas o pedido de indiciamento do governador de Goi�s, Marconi Perillo (PSDB).

Os parlamentares da oposi��o querem tamb�m o indiciamento do prefeito de Palmas, Raul Filho (PT), sobre o qual consideram que h� provas consistentes de envolvimento com o contraventor Carlinhos Cachoeira. Desejam, ainda, que sejam aprofundadas as investiga��es contra os governadores do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT); do Rio de Janeiro, S�rgio Cabral (PMDB) e de Tocantins, Siqueira Campos (PSDB).

"Estamos salvando a investiga��o", sintetiza o l�der do PSOL, senador Randolfe Rodrigues (AP). O senador lembra que permanece em sigilo o destino de milh�es de reais repassados pelas 12 empresas, tidas como laranjas da Delta. "Nosso objetivo � o de impedir que a CPMI se transforme na maior vergonha do Congresso" acrescenta.

O deputado Rubens Bueno (PPS-PR) atribui sobretudo � situa��o da Delta o "breque" imposto por parlamentares governistas � investiga��o da comiss�o. "� evidente que as empresas laranjas ajudaram na campanha de 2010", afirma. A Delta � a maior beneficiada por recursos do PAC, tendo recebido da Uni�o mais de R$ 3 bilh�es desde o in�cio do programa. "Fizemos um trabalho, s� que em vez de avan�ar, o relator pisou no freio", critica. Ele lembra que a obstru��o dos trabalhos come�ou em setembro, a t�tulo de poupar os parlamentares para fazerem campanha eleitoral e que desde ent�o, o trabalho n�o avan�ou. A oposi��o foi derrotada na tentativa de prorrogar os trabalhos por mais 180 dias.