A bancada federal do PSD cobrou do prefeito de S�o Paulo e presidente do partido, Gilberto Kassab, a ades�o imediata ao governo da presidente Dilma Rousseff com a consequente ocupa��o de algum minist�rio. A press�o visa antecipar o calend�rio definido por Kassab que previa, em sintonia com a presidente, uma defini��o apenas no pr�ximo ano. O prefeito foi recebido pela presidente em um jantar na segunda-feira e passou o dia de hoje em Bras�lia, onde foi homenageado na C�mara e almo�ou com a bancada.
O embarque do novo partido na base de Dilma � esperado desde sua funda��o. O PSD tem como origem o descontentamento de setores do DEM, que n�o desejavam mais fazer oposi��o, e acabou agregando outros parlamentares governistas insatisfeitos em seus partidos. Kassab promoveu a aproxima��o com o PT em diversos estados e j� h� alguns meses a discuss�o � sobre qual minist�rio caber� ao novo partido.
Segundo aliados dele, a inten��o seria aumentar o capital pol�tico para tentar conseguir uma pasta de maior relevo e capilaridade, como Cidades ou Transportes. Outros parlamentares, por�m, reclamam que o partido j� tem arcado com o �nus de apoiar o governo federal nas vota��es no Congresso e deveria receber logo o "b�nus" de ser da base aliada, ainda que em uma pasta menor, como a da Micro e Pequena Empresa, cuja cria��o ainda est� em tramita��o no Congresso.
A cobran�a por uma ades�o imediata foi feita a Kassab no almo�o com os parlamentares federais. O prefeito n�o respondeu aos questionamentos e disse aos presentes n�o ter havido ainda nenhuma proposta direta do governo federal. Ap�s o encontro, o deputado S�rgio Brito (BA) externou a posi��o dos deputados: "A bancada quer uma defini��o, precisamos saber se somos base ou oposi��o."
Para alguns deputados da legenda o calend�rio de Kassab est� dissociado das necessidades da bancada. Na vis�o deles, a indefini��o s� interessa ao prefeito, que mant�m o comando total do partido e aumenta seu capital pol�tico. Estes parlamentares destacam o recebimento de cobran�a em suas bases sobre qual a posi��o do partido. Afirmam esperar um posicionamento nacional para articular as estrat�gias para suas reelei��es em 2014 ou at� voos mais altos, como candidaturas ao Senado e a governos estaduais. Na vis�o deles, ao protelar o apoio, Kassab estaria preocupado apenas em amarrar o PT a seus projetos pessoais em S�o Paulo. O prefeito teria como desejo disputar uma vaga ao Senado ou ser vice em uma chapa ao governo liderada por um petista.