A presidente Dilma Rousseff pretende fazer uma reforma ministerial enxuta, depois da elei��o que renovar� o comando da C�mara e do Senado, em 1º de fevereiro de 2013. At� agora, Dilma avalia que � mais conveniente esperar a acomoda��o da base aliada no Congresso, antes de promover as trocas na equipe. A estrat�gia foi tra�ada para evitar o costumeiro jogo de intrigas e press�es, al�m de ru�dos na dobradinha entre o PT e o PMDB.
Depois de se unir a Jos� Serra (PSDB) na elei��o em S�o Paulo, o PSD do prefeito Gilberto Kassab ingressar� na coliga��o governista, apoiar� Dilma e ganhar� um minist�rio. Presidente da C�mara Brasileira da Ind�stria da Constru��o, Paulo Sim�o - que comanda o PSD de Minas - � cotado para ocupar o rec�m-criado Minist�rio da Micro e Pequena Empresa. Nas fileiras do PSD, outras op��es para uma vaga na Esplanada s�o o l�der do partido na C�mara, Guilherme Campos (SP), o vice-governador de S�o Paulo Guilherme Afif Domingos, e a senadora K�tia Abreu (TO).
A op��o por Sim�o seria uma forma de ampliar o espa�o de Minas na equipe. Dilma est� decidida a contemplar Kassab, que em julho chegou a intervir na se��o municipal do PSD para avalizar a candidatura de Patrus Ananias (PT), derrotado depois, em Belo Horizonte, na disputa contra o prefeito M�rcio Lacerda (PSB).
O xadrez da reforma, no entanto, n�o � t�o simples como parece. O PMDB de Minas, que retirou a candidatura na capital para ser vice na chapa de Patrus, tamb�m espera uma recompensa. Atualmente, o PMDB controla cinco minist�rios (Minas e Energia, Previd�ncia, Agricultura, Turismo e Secretaria de Assuntos Estrat�gicos) e o plano de Dilma � p�r o partido do vice-presidente Michel Temer no comando de mais uma cadeira.
Se nada mudar at� fevereiro, por�m, o contemplado n�o ser� mineiro. O acerto � para abrigar o deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP) no Minist�rio da Ci�ncia e Tecnologia, hoje ocupado pelo t�cnico Marco Ant�nio Raupp. Chalita aderiu � campanha de Fernando Haddad (PT) no 2.º turno da elei��o paulistana.
A Secretaria da Avia��o Civil, hoje nas m�os de Wagner Bittencourt, tamb�m poder� ser alvo de mudan�as. Senadores e deputados alegam que esse minist�rio tem mais �nus do que b�nus, mas, de qualquer forma, a pasta � uma esp�cie de “plano B” para acomodar o PSD de Kassab.
O PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, nega que o partido queira mais minist�rios, al�m dos dois que j� controla - Integra��o Nacional e Portos. “Se a gente fosse querer, �amos pedir logo uns vinte”, provocou o governador do Cear�, Cid Gomes (PSB), que almo�ou na quinta-feira com Dilma.