
O novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) ministro Joaquim Barbosa, destacou em seu discurso de posse a necessidade de igualdade de direitos entre todos os cidad�os. “Preciso ter a honestidade intelectual de dizer que h� um grande d�ficit de Justi�a entre n�s. Nem todos os brasileiros s�o tratados iguais”, disse e completou: “Justi�a � indissoci�vel de igualdade”. Barbosa tamb�m destacou o papel do juiz e afirmou que cabe aos magistrados estarem inseridos nos anseios da sociedade atual. “O juiz � um produto do seu meio e do seu tempo [...] Pertence ao passado � figura do juiz que se mant�m distante, alheio aos anseios da sociedade da qual ele est� inserido”, afirmou.
Joaquim Barbosa tamb�m defendeu que o juiz deve ter independ�ncia e que o judici�rio deve ser mais direto e “sem f�rulas”. Para ele, a sociedade e o pr�prio juiz devem cuidar para que �s m�s influ�ncias sejam afastadas dos magistrados, para que isso n�o comprometam sua independ�ncia e minar sua carreira. Sobre o STF, Barbosa afirmou que nos �ltimos anos a Corte tem assumido um papel cada vez mais relevante de resolu��o de situa��es que afetam o pa�s. “Nesta casa s�o cada vez mais discutidas as quest�es mais centrais da vida do brasileiro. E isso � muito bom. E isso � muito positivo”, analisou.
Sobre as institui��es brasileiras, Barbosa afirmou que atualmente o Brasil serve de refer�ncia internacional. “Hoje pode se dizer que temos institui��es s�lidas, submetidas cada vez mais ao escrut�nio da sociedade, de organiza��es e da sociedade internacional”, disse.
Para finalizar sua fala, o ministro agradeceu a presen�a dos amigos, familiares, do filho e da m�e, Benedita Barbosa, a quem apresentou como “querida m�e”.
Aos 58 anos de idade, o ministro Joaquim Barbosa chega ao mais elevado posto da Justi�a Brasileira para ser o 55º presidente da Suprema Corte desde o Imp�rio e o 44º a partir da proclama��o da Rep�blica. Natural de Paracatu e nono mineiro na Presid�ncia do STF, Joaquim Barbosa � o primeiro ministro negro a tomar posse na presid�ncia da Corte e o relator do processo com o maior n�mero de p�ginas da hist�ria do Tribunal – a A��o Penal (AP) 470, iniciada com 40 r�us e autos com mais de 50 mil p�ginas.