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Estado de Minas

Deputado negocia aprova��o de novo texto de relat�rio


postado em 22/11/2012 19:40

Dois dias depois de apresentar o relat�rio final com o pedido de indiciamento e responsabiliza��o criminal de 46 pessoas, o deputado Odair Cunha (PT-MG) recuou nesta quinta-feira e decidiu negociar a aprova��o de um novo texto com as conclus�es das investiga��es da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) do Cachoeira.

� exce��o do PT, o relat�rio desagradou a todos os partidos da base aliada que amea�am se unir � oposi��o e derrubar o parecer de Cunha. Diante da derrota iminente, o relator resolveu adiar a leitura do relat�rio para a pr�xima quarta-feira, dia 28, e tentar at� l� negociar um texto mais palat�vel.

"Vou construir um relat�rio que seja da maioria da CPI", afirmou Cunha, ao admitir altera��es no texto de mais de cinco mil p�ginas apresentado � comiss�o de inqu�rito. Pressionado, o relator estuda retirar a sugest�o de indiciamento do jornalista Policarpo Junior, redator-chefe da Revista Veja, e o pedido para que Conselho Nacional do Minist�rio P�blico (CNMP) investigue o procurador-geral da Rep�blica, Roberto Gurgel.

"O governo quis usar a CPI para vingan�as, para retalia��o. Este relat�rio foi produzido pela Executiva do PT", afirmou o senador C�ssio Cunha Lima (PSDB-PB). "O relat�rio tem de certa maneira um crit�rio de vingan�a. Ele n�o � inteiro assim. Na parte da imprensa e do procurador-geral tem esse crit�rio", corroborou o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ). Para ele, o relator tenta construir uma estrat�gia de negocia��o pol�tica a fim de vencer as resist�ncias da comiss�o e aprovar seu relat�rio, com modifica��es de pontos cr�ticos do texto. "Ele est� tentando fazer maioria com supress�es pontuais", observou Teixeira. "Mas esse relat�rio n�o pode ser salvo", disse.

Al�m da onda de reclama��es dos aliados e da oposi��o, Cunha tamb�m adiou a leitura do relat�rio por ter se sentido "abandonado" pela c�pula do PT, que n�o fez uma defesa veemente de seu texto. Com a transfer�ncia da leitura do relat�rio para a pr�xima semana, ele espera ganhar tempo at� a vota��o do texto, que dever� ocorrer somente na primeira semana de dezembro. At� l�, ele quer negociar mudan�as no parecer que podem representar a retirada ou at� a inclus�o de pessoas da lista de pedidos de indiciamento.

A oposi��o e os aliados consideraram uma "vingan�a" do PT a inclus�o do procurador-geral no relat�rio final e o indiciamento do jornalista Policarpo J�nior. Gurgel foi o respons�vel por defender a condena��o das principais personalidades petistas envolvidas no esc�ndalo do mensal�o, como o ex-ministro da Casa Civil Jos� Dirceu e o ex-presidente do partido Jos� Genoino. Al�m do jornalista da Veja, que fez uma s�rie de mat�rias contra o PT, Cunha tamb�m sugeriu o indiciamento por forma��o de quadrilha de outros quatro jornalistas de Goi�s: Wagner Rel�mpago, Patr�cia Moraes, Jo�o Unes e Carlos Ant�nio Nogueira.

"N�o pode constar na proposta do relator qualquer coisa relativa � Procuradoria Geral da Rep�blica como se tiv�ssemos tentando incriminar o procurador-geral", defendeu Miro Teixeira. Ele argumentou ainda que o pedido de convoca��o de Policarpo J�nior para ir � CPI n�o foi sequer votado e o jornalista n�o foi investigado pela comiss�o de inqu�rito. "Espero que o bom senso prospere e ocorra retifica��es no relat�rio", afirmou o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).

No relat�rio, Cunha prop�e a responsabiliza��o criminal do governador de Goi�s, o tucano Marconi Perillo, por seis crimes: forma��o de quadrilha, corrup��o passiva, advocacia administrativa, tr�fico de influ�ncia, falso testemunho e lavagem de dinheiro. Essa tipifica��o foi considerada um "excesso" at� mesmo por aliados. "Ele foi injusto com o Perillo" afirmou um governista, ao avisar que votar� contra todo o relat�rio.


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