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Estado de Minas

Acusado da morte de Celso Daniel � condenado


postado em 22/11/2012 20:32

O Tribunal do J�ri de Itapecerica da Serra, na Grande S�o Paulo, condenou nesta quinta-feira o r�u Itamar Messias Silva dos Santos, de 32 anos, um dos acusados da morte do ex-prefeito de Santo Andr�, Celso Augusto Daniel (PT), a 20 anos de pris�o em regime fechado.

Santos foi condenado por homic�dio duplamente qualificado, por motivo torpe e sem dar chance de defesa � v�tima. Ele participou do sequestro do ex-prefeito e o levou para um cativeiro, onde a v�tima foi assassinada a tiros. O juiz Antonio Augusto de Fran�a Hristov levou em conta o fato de a v�tima ser prefeito na �poca e a como��o causada pelo crime para fixar a pena. Beneficiado por um habeas corpus recentemente, ele poderia recorrer em liberdade, mas j� responde a outros processos e vai continuar preso.

O advogado de defesa Airton Jacob Gon�alves Filho j� entrou com recurso. O irm�o da v�tima, Bruno Jos� Daniel Filho, que acompanhou o julgamento, disse que a Justi�a est� sendo feita, mas espera que as investiga��es continuem. "Tenho esperan�a de que algo novo venha � tona." O advogado do r�u defendeu a tese de que o crime foi pol�tico. "� melhor condenar um favelado do que colocar aqui a c�pula deste ou daquele partido", disse. Segundo ele, o acusado n�o poderia ser condenado por homic�dio, pois n�o estava no local do crime e n�o puxou o gatilho. "Ningu�m coloca aqui um Jos� Dirceu (ex-ministro da Casa Civil, condenado no processo do mensal�o) engravatado, ent�o vamos condenar um favelado", afirmou.

A acusa��o tamb�m recorreu � condena��o do ex-ministro para convencer os jurados de que n�o � preciso puxar o gatilho para ser co-autor de homic�dio. "O Supremo entendeu que cada um fez a sua parte para chegar a um objetivo comum", disse o promotor M�rcio Augusto Friggi de Carvalho. Ele acusou a Pol�cia Federal, que iniciou as investiga��es, de ter feito um servi�o "porco" e estendeu as cr�ticas ao Minist�rio P�blico Federal, acusando-o de ter parado as investiga��es contra "pessoas que estavam acima do senhor S�rgio (S�rgio Gomes da Silva, o Sombra, acusado de ser o mandante do crime)".

A sess�o foi marcada por discuss�es e agress�es verbais entre o advogado de defesa e o promotor M�rcio Augusto Friggi de Carvalho. Quando disse que o r�u n�o queria a morte de Celso Daniel, o promotor interveio: "O senhor mente descaradamente." O advogado retrucou: "Esse �mpeto acusat�rio � sinal de desespero" e amea�ou abandonar a sess�o. Foi necess�ria a interven��o do juiz Antonio Augusto de Fran�a Hristov para serenar os �nimos. Durante o interrogat�rio que abriu o julgamento, o r�u permaneceu calado.

No final do julgamento, o irm�o da v�tima fez um apelo para que a sociedade se mobilize contra proposta de emenda enviada ao Congresso Nacional que retira do Minist�rio P�blico a prerrogativa de fazer investiga��es. "Isso representaria um tremendo retrocesso", disse. Tamb�m pediu que seja investigado suposto depoimento dado pelo publicit�rio Marcos Val�rio, condenado no processo do mensal�o, que envolveria dirigentes petistas na morte do irm�o. "Se o Minist�rio P�blico n�o fizer isso, ningu�m far�."

Celso Daniel foi sequestrado no dia 18 de janeiro de 2002 quando sa�a de um jantar. O empres�rio e amigo S�rgio Gomes da Silva, o Sombra, estava com ele quando o carro foi fechado e a v�tima foi levada pelos sequestradores. Inicialmente, Celso Daniel foi levado para um cativeiro na Favela Pantanal, em Diadema, e depois transferido para uma ch�cara em Juquitiba, a 78 km de capital, sendo assassinado dois dias depois.

Na �poca, o inqu�rito apontou que ele havia sido morto por engano, mas a fam�lia solicitou a reabertura das investiga��es pelo MP. Concluiu-se depois que o crime havia sido premeditado. O empres�rio faria parte de um esquema de corrup��o na Prefeitura de Santo Andr�. De acordo com o promotor, o julgamento de Silva deve ocorrer at� junho do pr�ximo ano.


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