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Estado de Minas

Esquema de corrup��o na Prefeitura de Campinas era para pagar d�vida de campanha, diz delator


postado em 23/11/2012 19:37

O delator do Caso Sanasa - esc�ndalo de corrup��o da Prefeitura de Campinas (SP) -, Luiz Castrillon de Aquino declarou nesta sexta-feira em ju�zo que o suposto esquema de direcionamento de licita��es, fraudes em contratos p�blicos e pagamentos de propina foi montado para pagamento de d�vidas de campanha e era liderado pela ex-primeira-dama Rosely Santos.

Primeiro dos 22 r�us dos processo a ser ouvido pela Justi�a, Aquino afirmou que em todos os contratos da Sociedade de Abastecimento de �gua e Saneamento havia cobran�a de contribui��es que variavam de 5% a 10% do faturamento das empresas. "Os desvios foram praticamente desde o come�o. Ficou claro que deveria se ter uma forma de resgate financeiro para que se pagasse uma d�vida de campanha. Nesse caso, fomos cooptados pela Dra. Rosely. O que se queria � que em todos os contratos da Sanasa tivessem um retorno, e isso � imposs�vel", afirmou Aquino em seu depoimento.

Aquino, que foi presidente da Sanasa durante o governo do prefeito cassado H�lio de Oliveira Santos (PDT) de 2005 a 2008, � um dos 22 denunciados no caso e dep�s sob o benef�cio da dela��o premiada. Al�m dele, s�o r�us a ex-primeira-dama, o vice-prefeito cassado Dem�trio Villagra (PT), os ex-secret�rios da prefeitura Carlos Henrique Pinto e Francisco de Lagos e o ex-diretor de Planejamento Ricardo C�ndia, al�m de outros dirigentes da Sanasa e empres�rios. Todos negam o esquema.

Segundo o delator, grandes empresas como a Camargo Corr�a e a Constran pagaram propina para o esquema, valores que eram lan�ados na contabilidade da Sanasa como "pequenos". Os representantes dessas empresas r�us no processo negam irregularidades. "(O dinheiro) ficava comigo dois ou tr�s dias e eu, pessoalmente, levava para a Dra. Rosely, onde se contavam as cabe�as dos ma�os de R$ 5 mil. Entreguei para ela no escrit�rio, na prefeitura em seu gabinete e na casa dela", afirmou Aquino. Segundo ele, o ent�o prefeito Dr. H�lio nunca presenciou os pagamentos. Ele citou ainda pagamentos de valores em dinheiro em caf�s, restaurantes da cidade e no banheiro de um shopping.

Questionado pelo Minist�rio P�blico, Aquino afirmou que os pagamentos eram feitos conforme as datas de faturamento das empresas contratadas, mas que mensalmente era feita a divis�o de um "mensalinho" entre os envolvidos. "N�s t�nhamos o mensalinho. Era uma participa��o mensal na Sanasa."

Segundo o delator, as "contribui��es" feitas pelas empresas eram obtidas ap�s o direcionamento das licita��es com "concorr�ncias trabalhadas". "Trabalhar a concorr�ncia � colocar certos artif�cios que propiciam que uma empresa ganhe ou que ela arregimente outras empresas para participar junto, sabendo que ela vai ganhar", explicou.

A audi�ncia desta sexta foi a primeira em que os r�us foram ouvidos e a quinta no julgamento do processo. O juiz N�lson Augusto Bernardes, da 3ª Vara Criminal, atendeu pedido dos advogados de defesa para que as demais testemunhas falassem em outra data. Os r�us s�o acusados de forma��o de quadrilha, desvios de recursos e fraudes em licita��es.

O julgamento acontece um ano ap�s ser deflagrada a opera��o do Caso Sanasa, que levou 11 pessoas para a cadeia e que culminou com a cassa��o do prefeito H�lio e de seu vice Villagra, em 2011. Segundo o Grupo de Atua��o Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que investigou e denunciou o esquema, os acusados podem ter desviado at� R$ 30 milh�es com as fraudes de contratos da Sanasa.


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