PT defende relat�rio apresentado por Odair Cunha

Com tr�s dias de atraso, o PT saiu nesta sexta-feira em defesa do relat�rio apresentado pelo deputado Odair Cunha (PT-MG) com as conclus�es da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) do Cachoeira. Nota assinada pelo l�der do partido na C�mara, deputado Jilmar Tatto (SP), rebateu as cr�ticas feitas ao documento de mais de cinco mil p�ginas, que prop�e o indiciamento de 46 pessoas, e foi divulgado na madrugada de ter�a-feira.

Ao sair em defesa de Cunha, Tatto contestou as acusa��es feitas pelo governador de Goi�s, o tucano Marconi Perillo, que divulgou nota na quinta-feira com cr�ticas pesadas ao relator. Cunha prop�s o indiciamento do tucano por seis crimes. Para Tatto, a rea��o de Perillo � uma "tentativa desesperada de salvar seu mandato e seu governo, em raz�o dos v�nculos estreitos e perigosos mantidos com a organiza��o criminosa chefiada por Cachoeira".

"O relat�rio demonstra com riqueza de detalhes, substanciado em provas amealhadas pela Pol�cia Federal durante v�rios meses de investiga��o e em documentos em poder da CPMI, que o governador Marconi Perillo havia firmado, j� durante a campanha que o levou ao governo de Goi�s, uma verdadeira parceria pol�tica e econ�mica com a sociedade Delta/Carlos Cachoeira naquele Estado" escreveu Tatto.

Na quinta, Perillo divulgou nota em que acusa Odair Cunha de ter produzido "uma pe�a de fic��o elaborada exclusivamente como instrumento de vingan�a"."N�o h� revanchismo, persegui��o ou esp�rito de vingan�a por parte do relator. O relat�rio final da CPMI retrata uma situa��o que j� se mostrava p�blica. Caber� agora ao governador explicar � sociedade brasileira o motivo que levou seu governo ser partilhado e, em grande parte, conduzido efetivamente pelo chefe de uma das maiores organiza��es criminosas j� estruturadas no pa�s", rebateu nesta sexta o l�der petista, na nota.

Em nota, o presidente nacional do PSDB, deputado S�rgio Guerra (PE), afirmou que o relat�rio final da CPI � uma a��o do PT para se defender ap�s o julgamento do mensal�o. Para ele, h� uma "a��o deliberada" contra o PSDB e o governador Perillo. Guerra criticou ainda o pedido de investiga��o do Procurador-Geral da Rep�blica, Roberto Gurgel, e o indiciamento do jornalista Policarpo J�nior, da revista Veja. Para ele s�o "retalia��es puras e simples".

"A CPI do Cachoeira tomou um rumo incoerente e sinuoso, cujo o resultado � a n�o investiga��o. O relat�rio final apresentado � uma colcha de retalhos na qual fica reproduzida uma a��o deliberada contra o PSDB e o governador Marconi Perillo, em meio � prote��o dos verdadeiros envolvidos no esc�ndalo, que come�a no contraventor Carlos Cachoeira e avan�a para as m�ltiplas interven��es da Construtora Delta pelo Brasil afora", afirmou o presidente do PSDB.