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Estado de Minas

PT est� mergulhado no constrangimento ap�s julgamento do mensal�o

Reuni�o preparat�ria para o anivers�rio de 33 anos do partido � marcada por lamentos pelo novo esc�ndalo, que tem dois filiados indiciados: Rosemary Noronha e Paulo Vieira


postado em 08/12/2012 06:00 / atualizado em 08/12/2012 07:13

Condenado pelo Supremo, José Dirceu foi ao primeiro dia do encontro, mas José Genoino se ausentou(foto: Felipe Rau/Estadão Conteúdo- 24/11/2012)
Condenado pelo Supremo, Jos� Dirceu foi ao primeiro dia do encontro, mas Jos� Genoino se ausentou (foto: Felipe Rau/Estad�o Conte�do- 24/11/2012)


Prestes a completar em 1º de janeiro 10 anos no poder e 33 anos de anivers�rio – desde o manifesto de funda��o assinado no Col�gio Sion em 10 de fevereiro de 1980 –, o PT fez sua �ltima reuni�o do ano do Diret�rio Nacional ontem, em Bras�lia, em que a palavra constrangimento foi mencionada em todas as rodas. O mensal�o, apesar de continuar impronunci�vel na resolu��o aprovada pelos militantes, tamb�m esteve na boca dos filiados, apesar de neste caso o sentimento ser de corporativismo, com dezenas de tapas nas costas do petista que tem a cara do esc�ndalo: o ex-ministro Jos� Dirceu, que chegou lamentando n�o ter podido comparecer ao vel�rio do comunista Oscar Niemeyer, no Rio.

Em vez do esquema que se transformou na A��o Penal 470, em que o r�u mais famoso � o ex-todo-poderoso do Planalto e do partido, foi a Opera��o Porto Seguro, da Pol�cia Federal, que causou as principais queixas. Tudo por causa da estreita rela��o entre a ex-chefe de gabinete do escrit�rio da Presid�ncia da Rep�blica em S�o Paulo Rosemary Noronha e dois �cones petistas: Dirceu e o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.

Al�m de Rose – como � mais conhecida a filiada que durante as longas reuni�es do mensal�o no diret�rio nacional em S�o Paulo, em 2005, adorava conversar com os jornalistas – � filiado � legenda Paulo Rodrigues Vieira, acusado pela PF de ser o chefe da quadrilha que fraudava pareceres para beneficiar empresas junto a �rg�os federais. Com ficha de filia��o assinada em 2003, um ano depois foi candidato a vereador em Gavi�o Peixoto, a 300 quil�metros de S�o Paulo, conseguindo apenas 55 votos.

“Estamos chateados, � muito esqueleto no arm�rio. Come�a e n�o para mais. A Rose agia com postura de impunidade”, afirmou um integrante da Executiva, que n�o quis se identificar. “Defender um homem como Jos� Dirceu, a quem o partido tanto deve tudo bem, mas limpar a lamban�a de quem a gente nem conhece direito � demais”, afirmou outro. Um mineiro que faz parte do diret�rio, desabafou: “Temos uma presidente corajosa e, como ela, centenas de militantes que vieram da luta armada. Muita gente colocou a vida em risco por este pa�s e este partido. E agora temos que aguentar que n�o podemos nem expulsar filiados para n�o atrair mais cr�ticas”. Da boca para fora, contudo, os petistas preferiram colocar a culpa na oposi��o e na imprensa. “Lula e a Opera��o Porto Seguro foram discutidos dentro do contexto da criminaliza��o e da busca do desgaste da imagem do PT”, alegou o ex-prefeito de Porto Alegre Raul Pont.

Urnas A dire��o petista admitiu que o partido perdeu votos nas elei��es municipais de outubro devido ao desgaste sofrido durante o julgamento do mensal�o. Condenado a 10 anos e 10 meses de pris�o pelos crimes de corrup��o ativa e forma��o de quadrilha, Dirceu entrou e saiu por acesso exclusivo, sem falar com a imprensa. O presidente do partido, Rui Falc�o, s� falar� hoje, ao fim do encontro.

No documento divulgado com uma an�lise sobre o pleito deste ano, a constata��o � de que “a esquerda avan�ou (talvez, menos do que podia)”. O secret�rio de Comunica��o, deputado Andr� Vargas (PR), admitiu: “N�o somos hip�critas de afirmar que n�o causou impacto (o julgamento do mensal�o). Vencer�amos, por exemplo, em munic�pios onde a diferen�a foi de at� dois mil votos”, afirmou.

 Ele saiu em defesa de Dirceu quanto � rela��o dele com Rosemary, dizendo que “nenhum homem p�blico � respons�vel pelo que faz o seu assessor no exerc�cio do seu mandato, muito menos um ex-assessor". Rosemary foi assessora de Dirceu por 12 anos e ligou para ele no dia em que os agentes da PF iniciaram a opera��o de busca e apreens�o em seu apartamento. (Colaborou Leandro Kleber)


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