A presidente Dilma Rousseff repetiu o discurso feito mais cedo pelo presidente franc�s Fran�ois Hollande que pede rea��o dos pa�ses com super�vit comercial elevado no enfrentamento � crise. "Achamos que os pa�ses superavit�rios deveriam tomar providencias para ampliar investimento. � importante trabalhar com outros pa�ses para evitar que as pol�ticas recessivas continuem a impedir o crescimento internacional", disse Dilma em coletiva de imprensa ap�s reuni�o com Hollande.
A presidente brasileira repetiu o discurso feito semanas antes na Espanha de que a austeridade n�o � a melhor op��o como rea��o � crise. "Concordamos que pol�ticas exclusivas de austeridade mostram seus limites. Os limites est�o dados pelo fato de que, ao inv�s de reduzir a crise, isso amplia a crise", disse, ao comentar que pa�ses t�m observado aumento do desemprego, desesperan�a e redu��o das classes m�dias. "O que � lament�vel j� que a classe m�dia � a base do estado de bem estar social", disse Dilma.
Para reagir, Dilma defende uma "nova forma" de agir em uma estrat�gia que possa misturar crescimento econ�mico com responsabilidade e justi�a social. "Espero que prevale�a a sa�da da crise com um plano de ajuste de m�dio e longo prazo, com aumento dos investimentos no curto prazo", disse.
Assinatura de acordos, mas n�o militar
J� o presidente Fran�ois Hollande disse que "por enquanto" n�o anunciaria nenhum contrato na �rea militar com o Brasil. "Na �rea de defesa, temos uma grande coopera��o, como submarinos e helic�pteros. Mas, por enquanto, n�o quero falar de contratos. Quero falar da qualidade da rela��o entre os dois pa�ses", disse Hollande.
Logo ap�s assinar oito acordos em v�rias �reas com o Brasil, o presidente franc�s comemorou o avan�o da rela��o entre os dois pa�ses. "Acabamos de assinar muitos acordos em diferentes dom�nios como educa��o, correios e at� sobre a champagne. Juntos temos projetos ainda maiores, sobretudo no setor industrial", disse, ao comentar que h� "uma s�rie de projetos" em comum como transportes, segmento aeron�utico, militar, civil e alimentar.
Hollande afirmou, ainda, que os dois presidentes voltar�o a se reunir no pr�ximo m�s, quando ele e Dilma inaugurar�o uma ponte na divisa entre o Brasil e a Guiana Francesa.