Lisboa – O vice-presidente Michel Temer defendeu nesta sexta-feira o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva ao ser perguntado, em sua viagem a Portugal, sobre declara��es atribu�das ao publicit�rio Marcos Val�rio que relacionam o ex-presidente ao caso do mensal�o. Em entrevista coletiva no Pal�cio de Bel�m, em Lisboa, ap�s audi�ncia com o presidente portugu�s Cavaco Silva, Temer lembrou que as acusa��es nunca foram apresentadas durante o processo.
As declara��es de Marcos Val�rio foram publicadas ter�a-feira, e teriam sido feitas ao Minist�rio P�blico Federal em setembro. Segundo o jornal, Val�rio disse a procuradores da Rep�blica que o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva sabia do esquema do mensal�o e o usou para pagamento de "despesas pessoais".
Temer chegou ontem a Lisboa e hoje, al�m de Cavaco Silva, tem agenda com empres�rios em almo�o na casa do embaixador brasileiro em Portugal, M�rio Vilalva, e visita de cortesia ao ex-presidente M�rio Soares. � noite, assiste � pe�a de teatro Herivelto como Conheci, com Mar�lia P�ra. A apresenta��o encerra a Mostra de Teatro do Brasil em Lisboa, que integra a programa��o do Ano do Brasil em Portugal.
“A visita a Portugal se destina a revelar o apre�o do governo brasileiro pelo governo portugu�s e pelo povo de Portugal”, disse Michel Temer, ao explicar os motivos da viagem. Com sua viagem ao exterior, assim como a da presidente Dilma Rousseff e do presidente da C�mara dos Deputados, Marco Maia, o presidente do Senado, Jos� Sarney, assumiu interinamente a presid�ncia.
Segundo Michel Temer, a conversa com o presidente Cavaco Silva tamb�m tratou dos interesses de empresas brasileiras nas privatiza��es portuguesas, da presen�a de estudantes no Programa Ci�ncia sem Fronteiras e da crise econ�mica em Portugal.
“Recebi com muita satisfa��o a informa��o do presidente de que ela [a crise] est� logo sendo debelada. Tivemos isso no Brasil e logo conseguimos debelar, tenho certeza que Portugal conseguir� elimin�-la muito proximamente, para a prosperidade de Portugal e das nossas rela��es”, disse. As previs�es do governo portugu�s, contidas no Or�amento de Estado, que o presidente Cavaco Silva deve promulgar at� o final do ano, s�o que o pa�s ter� recess�o no pr�ximo ano.