Em viagem, Lula n�o comenta decis�o de MPF de investigar den�ncias de Val�rio

Por meio da assessoria de imprensa, o Instituto Lula informou que o ex-presidente est� viajando e que n�o vai comentar a informa��o de que o Minist�rio P�blico Federal pretende investigar as acusa��es de Marcos Val�rio.

No m�s passado, quando o teor do depoimento foi revelado pelo jornal, o ex-presidente classificou as declara��es do empres�rio como “mentira”. Na mesma �poca, o ministro-chefe da Secretaria Geral, Gilberto Carvalho, chamou de “desespero oportunista” e “uma indignidade” as declara��es de Val�rio ao Minist�rio P�blico. J� a presidente Dilma Rousseff classificou como “lament�veis” as declara��es do empres�rio mineiro, dadas ap�s ele ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal.

Paulo Okamotto, acusado por Val�rio de amea��-lo de morte, tamb�m afirmou que o depoimento de Val�rio prestado no dia 24 de setembro � Procuradoria-Geral da Rep�blica era fantasioso. “Eu ameacei ele de morte? Por que eu vou amea�ar ele de morte?”, reagiu Okamotto . “Est� nos autos que eu ameacei ele de morte? Duvido! Duvido que ele tenha dito isso!”, completou o presidente do Instituto Lula.

T�o logo a exist�ncia do depoimento de Val�rio foi revelada, ministros do Supremo Tribunal Federal, que ainda n�o haviam conclu�do o julgamento do mensal�o, chegaram a afirmar, informalmente, que as acusa��es de Val�rio deveriam ser relativizadas, pois o empres�rio era um “jogador”. O presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, por�m, afirmou que tudo deveria ser investigado pelo Minist�rio P�blico.

Ap�s a conclus�o do julgamento, em dezembro, a dire��o do PT se reuniu e elaborou um documento no qual sugeriu que as declara��es de Val�rio integravam um movimento de “setores conservadores” que tinham como objetivo central atingir a honra de Lula para associ�-lo � corrup��o. “Sabe-se que den�ncias sobre corrup��o sempre foram utiliza­das pelos conservadores no Brasil para desestabilizar governos populares”, dizia o documento.