O vice-presidente da Rep�blica, Michel Temer (PMDB), disse nesta quinta-feira que a elei��o do deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) para a presid�ncia da C�mara atende ao princ�pio da proporcionalidade. "Na C�mara, pelo princ�pio da proporcionalidade, cabe agora (a presid�ncia) ao PMDB. No Senado (o PMDB) tem a maior bancada e regimentalmente a maior bancada tem a presid�ncia", disse. "H� um rod�zio entre PT e PMDB. Desta vez, � a vez do PMDB", completou o vice-presidente.
Nesta tarde, Alckmin disse que o apoio ao deputado do Rio Grande do Norte respeita a bandeira do PSDB de defender a proporcionalidade na composi��o da Mesa da C�mara dos Deputados. Por essa raz�o, o PSDB apoia uma candidatura do PMDB. "Quem vai ser o candidato, n�o sou que escolho. N�s defendemos sim a proporcionalidade", justificou o governador.
S�o esperados cerca de 50 pol�ticos no jantar desta noite, sendo que a maior parte comp�e a bancada paulista na C�mara. Os deputados Paulo Maluf (PP), Edinho Ara�jo (PMDB) e Vicentinho (PT) participam. Questionado se as den�ncias contra Alves n�o eram constrangedoras, Maluf respondeu: "N�o constrange partido nenhum porque voc� v� que tem muito padre acusado de pedofilia e nem por isso eu deixo de ser cat�lico". Em seguida, o deputado afirmou ter certeza de que as den�ncias s�o algo que "aparece em toda v�spera de elei��o". "Creio plenamente na inoc�ncia do Henrique Eduardo Alves", disse Maluf.
Ao chegar para o jantar, Alves voltou a negar seu envolvimento em den�ncias, dizendo que s�o apenas "questionamentos".
Nesta semana, o jornal Folha de S. Paulo revelou que o ex-assessor de Alves Aluizio Dutra de Almeida � s�cio da Bonacci Engenharia, empresa que recebeu dinheiro p�blico de emendas parlamentares do pr�prio Alves e de projetos do governo federal. Ap�s a den�ncia, o assessor deixou o cargo. Alves nega que tenha favorecido o assessor ou a empresa dele, mas disse que n�o tem responsabilidade de fiscalizar como s�o feitas as licita��es e conv�nios para a destina��o dos recursos p�blicos.
O l�der do PSDB na C�mara, deputado Bruno Ara�jo (PE), defendeu o apoio de seu partido ao indicado do PMDB. Para ele, os tucanos n�o se sentem constrangidos de apoiar um candidato alvo de den�ncias porque a sigla defende a tese da proporcionalidade. "A explica��o (de Alves) n�o � ao PSDB, � � sociedade brasileira", disse. Ainda segundo Ara�jo, o PMDB ser� "cobrado" pela sociedade ao final de dois anos de mandato pela qualidade de seu trabalho.