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Estado de Minas

Renan Calheiros testa no voto hoje a fidelidade dos colegas de Senado

Ap�s uma s�rie de acordos costurados nos bastidores, parlamentar alagoano oficializa a candidatura e � o favorito para voltar hoje � Presid�ncia da Casa, apesar de press�es


postado em 01/02/2013 06:00 / atualizado em 01/02/2013 07:55

Renan (C) obteve o apoio dos 19 correligionários que discutiram a sucessão ontem e deve ser eleito para presidir o Senado(foto: Monique Renne/CB/D.A Press)
Renan (C) obteve o apoio dos 19 correligion�rios que discutiram a sucess�o ontem e deve ser eleito para presidir o Senado (foto: Monique Renne/CB/D.A Press)

O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) deve ser eleito nesta sexta-feira presidente do Senado com cerca de 60 dos 81 votos poss�veis da Casa. A prov�vel vit�ria avassaladora, contudo, n�o d� a dimens�o do que poder� ser a gest�o do peemedebista. Denunciado pelo Minist�rio P�blico Federal no Supremo Tribunal Federal (STF) pela emiss�o de notas frias para justificar o pagamento de despesas pessoais, Renan deixou para confirmar a candidatura na v�spera da elei��o. E segue se poupando: o an�ncio foi feito pelo presidente do partido, senador Valdir Raupp (RO), e pelo futuro l�der da bancada, Eun�cio Oliveira (CE).


Raupp negou dificuldades para o partido ou para o Senado durante a gest�o de Renan Calheiros. “Essa candidatura vem sendo constru�da ao longo do tempo. A prerrogativa da candidatura cabe � bancada do PMDB e ela escolheu Renan”, disse. O parlamentar de Rond�nia destacou que o colega de Alagoas foi aclamado na reuni�o interna da legenda, e, de acordo com os c�lculos dos aliados, ter� 19 dos 21 votos dos correligion�rios. As �nicas dissid�ncias devem ser de Pedro Simon (RS) e Jarbas Vasconcelos (PE).

Escolhido como l�der da bancada, Eun�cio n�o demonstrou qualquer preocupa��o com a press�o externa contra a candidatura de Renan Calheiros. Na quinta-feira, manifestantes colocaram no gramado em frente do Congresso 81 vassouras formando a palavra SOS. Ainda corre na internet um abaixo-assinado contra a candidatura do peemedebista, que j� conta com mais de 250 mil assinaturas. Informado do protesto, Eun�cio demonstrou pouco caso. “Ah, (a manifesta��o �) dos eleitores? Isso pode ter efeito externo, mas n�o aqui dentro”, desdenhou.

Renan costurou cuidadosamente os acordos para fazer a maioria no Senado e retomar o cargo do qual foi obrigado a renunciar em 2007. As primeiras articula��es ocorreram dentro da pr�pria bancada. No in�cio da atual legislatura, em 2011, havia um grupo de peemedebistas que se posicionava contra a c�pula do partido. Renan foi realizando interven��es cir�rgicas. O primeiro gesto foi trabalhar para, com a destitui��o de Romero Juc� (RR) da lideran�a do governo no Congresso, apoiar a escolha de Eduardo Braga (AM) para a vaga. O grupo perdia uma das vozes mais articuladas. A opera��o prosseguiu e Renan indicou Vital do R�go (PB) para a Presid�ncia da CPI do Cachoeira.

Outro dissidente, Roberto Requi�o (PR) foi premiado com a Presid�ncia do Parlamento do Mercosul. A �ltima opera��o para evitar surpresas internas surgiu da escolha de Eun�cio para a lideran�a do PMDB. Romero Juc� queria a vaga, mas Eun�cio mandou um recado claro: teria combinado com Renan em dezembro que sucederia o colega alagoano. Juc� teria tentado atravessar o acordo em janeiro, apresentando-se como alternativa para o cargo. Se Renan n�o interviesse, ele se lan�aria como candidato avulso e atrairia os votos da oposi��o e de parte da bancada. Por fim, Eun�cio foi confirmado l�der, na noite de anteontem, e Juc� teve que se contentar com a Segunda Vice-Presid�ncia da Mesa.

LINHA DO TEMPO

Confira a trajet�ria pol�tica de Renan Calheiros

» Fim da d�cada de 1970. L�der estudantil na adolesc�ncia, presidiu o diret�rio acad�mico da �rea de ci�ncias humanas e sociais da Universidade Federal de Alagoas. Filiou-se ao MDB, de oposi��o ao regime militar.

» Em novembro de 1978, candidatou-se e foi eleito deputado estadual pelo MDB.

» Entre 1980 e 1981, ap�s o fim do bipartidarismo, foi l�der da bancada do PMDB na Assembleia do Estado de Alagoas. Chamava o ent�o prefeito de Macei�, Fernando Collor de Melo, de “pr�ncipe herdeiro da corrup��o”.

» Em 1982, mudou-se para Bras�lia ap�s ser eleito deputado federal e se formou em direito pela Universidade Federal de Alagoas.

» Em 1985, perdeu para Djalma Falc�o a disputa interna para ser candidato � Prefeitura de Macei�. Virou presidente regional do partido, com o apoio do usineiro Jo�o Lyra.

» Reeleito em 1986 para deputado federal com a maior vota��o do estado.

» Em junho de 1988, tornou-se um dos fundadores do PSDB.

» Deixou o PSDB em 1989 para se filiar ao PRN e ser assessor pessoal da candidatura de Fernando Collor � Presid�ncia da Rep�blica.


» Em 1990, tornou-se l�der do governo no Congresso. Perdeu para Geraldo Bulh�es a disputa pelo governo de Alagoas. Acusou Bulh�es, aliado de Collor, de fraude nas elei��es estaduais de 1990. Paulo C�sar Farias foi o tesoureiro de Bulh�es. Abandonou o PRN, acusando Collor de trai��o.

» Em 1992, acusou PC Farias de montar um governo paralelo e ajudou no pedido de impeachment de Collor.


» Entre 1993 e 1994, tornou-se vice-presidente executivo da Petrobras Qu�mica SA (Petroquisa).

» Em outubro de 1994, elegeu-se senador, com 235.332 votos.

» Em abril de 1998, com o apoio do senador Jader Barbalho, tornou-se ministro da Justi�a de Fernando Henrique Cardoso. Deixou o cargo em julho de 1999.

» Em 2002, com Jos� Sarney, apoiou a vit�ria de Luiz In�cio Lula da Silva.

» Em 2005, elegeu-se presidente do Senado.

» Em outubro de 2007, teve que renunciar ao cargo, ap�s den�ncias de que um lobista pagara contas pessoais. O cap�tulo final foi a apresenta��o de notas frias de vendas de cabe�a de gado para justificar a renda. Fez o an�ncio em rede nacional de tev�.

» Em 2010, reelegeu-se para mais oito anos no Senado.


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