Apontado como um candidato fadado � derrota, o senador Pedro Taques (PDT-MT) � quem brigar� nesta sexta-feira com Renan Calheiros (PMDB-AL) pela Presid�ncia do Senado. Apesar de ter agregado apoios, com a desist�ncia de Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), e de ter unido partidos importantes em prol de seu nome, Taques precisa mais do que os votos de legendas e parlamentares que garantiram optar por ele para vencer o favoritismo de Renan.
Independentemente do resultado, o grupo promete constranger o peemedebista. Depois de v�rias reuni�es ontem, os parlamentares contr�rios � candidatura de Renan decidiram se unir na defesa do nome de Taques. PSDB, PSB, PSOL, PDT e alguns senadores do DEM e do pr�prio PMDB anunciaram o voto no pedetista. O nome foi escolhido por agregar mais do que Randolfe, que incomoda alguns colegas. “Estamos em um momento importante da hist�ria do Brasil, em que o Legislativo precisa se restaurar. N�o faz parte de uma Casa legislativa a aus�ncia de debate”, disse Taques, depois que Randolfe anunciou a retirada de candidatura.
Potencial candidato � Presid�ncia da Rep�blica em 2014, o senador A�cio Neves (PSDB-MG) anunciou o apoio dos tucanos ao pedetista. “O PSDB se reuniu e considerou que a candidatura de Taques atende � necessidade de renova��o no Congresso.” L�dice da Mata (PSB-MA) tamb�m disse que os socialistas est�o ao lado de Taques: “Precisamos unir for�as em apenas um nome para concorrer contra Renan”. Apesar dos apoios, declarados tamb�m por Agripino Maia (DEM-RN), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Pedro Simon (PMDB-RS), se todos votarem em Taques, ele conquistar� cerca de 25 votos dos 81 parlamentares do Senado.
Para Randolfe, a press�o popular pode ajudar. “H� mais de 250 mil assinaturas na internet contra Renan e houve um protesto em frente ao Congresso. Na vota��o secreta, os senadores podem se influenciar pela opini�o p�blica (e n�o cumprir acordos pol�ticos)”, avalia. Companheiro de partido de Renan, Jarbas Vasconcelos foi mais enf�tico. “Nossa reuni�o foi realizada para analisar esse quadro de anomalia, de uma candidatura que a gente considera inconsequente, uma candidatura de uma pessoa quase caracterizada de ficha-suja.”
Vinte e tr�s entidades envolvidas no combate � corrup��o que fizeram um protesto em frente ao Senado na quarta-feira voltaram a ocupar o lugar ontem. Eles formaram a sigla SOS, com vassouras no gramado do Congresso, mais uma vez contra a elei��o de Renan. Para o juiz Marlon Reis, um dos diretores do Movimento de Combate � Corrup��o Eleitoral, a Lei Ficha Limpa deve ser estendida para cargos de dire��es de todos os Poderes.