Com elogios ao mandato do atual presidente do Senado, Jos� Sarney (PMDB-AP), o l�der do governo na Casa, Eduardo Braga (PMDB-AM), disse acreditar que a elei��o do companheiro de partido Renan Calheiros (AL) representa um "avan�o" para o Pa�s. "Com a consci�ncia de que Vossa Excel�ncia tem experi�ncia para fazer o Brasil avan�ar", afirmou, dirigindo-se ao aliado.
Em defesa ao princ�pio da proporcionalidade, que tem sido seguido na Casa ao longo dos anos, Eduardo Braga reiterou a indica��o de Renan. "Vossa Excel�ncia representa a vontade do PMDB, pela maioria absoluta dos seus membros. Portanto, Vossa Excel�ncia vem para esta elei��o como candidato que respeita a proporcionalidade, esse esp�rito de democracia e de debate", defendeu Braga.
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) fez um apelo para que os parlamentares cheguem a um nome de consenso. "Um nome que n�o signifique d�vidas sobre o que seja necess�rio", disse o senador. Ele disse que votar� de acordo com a orienta��o da bancada. Suplicy, inclusive, chegou a apelar a S�o Francisco de Assis.
Em defesa da candidatura do senador Pedro Taques (PDT-MT), o presidente do Democratas, Jos� Agripino Maia (RN), destacou o desgaste que afeta o Congresso Nacional e disse que a elei��o de hoje representa a possibilidade de melhorar essa imagem. "O Poder Executivo � hegem�nico. O Poder Judici�rio vive um momento de afirma��o, de respeito. Ministros do Supremo Tribunal Federal s�o aplaudidos pelo Brasil, pelas atitudes que tomaram e est�o tomando. J� o Poder Legislativo tem ocupado posi��o de constrangimento", afirmou Agripino.
O presidente do PP, senador Francisco Dornelles (RJ), destacou os desafios que o Senado enfrentar� este ano, citando como exemplos o novo crit�rio do Fundo de Participa��o dos Estados (FPE), a rolagem das d�vidas estaduais e municipais e a reforma do sistema tribut�rio. "� dentro desse contexto que vai ser eleita a nova mesa diretora do Senado. Ela n�o pode ser a mesa de um partido pol�tico, do governo ou da oposi��o. Ela deve ser uma mesa caracterizada pela imparcialidade", destacou. Tamb�m defendeu o crit�rio da proporcionalidade.
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que abriu m�o de sua candidatura em favor do senador Pedro Taques, criticou a tradi��o da proporcionalidade e disse que sua candidatura foi uma forma de rea��o ao "falso consenso". "A amea�a � Rep�blica est� no uso do poder, n�o est� na amea�a institucional. Esta triste tradi��o do patrimonialismo, legado da tradi��o portuguesa, � o que destoa e desmoraliza a nossa Rep�blica. O que n�s decidimos est� a quil�metros de dist�ncia do que � pensado pelo representado", disse Rodrigues.