O secret�rio-geral da Presid�ncia da Rep�blica, Gilberto Carvalho, disse nessa quarta-feira que a posi��o do governo brasileiro sobre a ren�ncia do papa Bento XVI, que deixa o cargo a partir do dia 28, � de respeito e rever�ncia pela decis�o. O ministro disse ainda que “est� superado” o epis�dio ocorrido �s v�speras do segundo turno das elei��es presidenciais de 2010, quando o pont�fice condenou projetos pol�ticos a favor da legaliza��o do aborto.
“Nossa posi��o � acima de tudo de respeito e rever�ncia. Estamos atentos � chegada do novo papa para retomar as conversa��es do governo brasileiro com a Santa S� no melhor n�vel poss�vel. N�o nos cabe nos pronunciar sobre a natureza da decis�o do papa”, declarou.
O ministro disse ainda que n�o houve pressa do governo brasileiro em se pronunciar sobre a ren�ncia de Bento XVI e que o epis�dio da campanha presidencial de 2010 foi superado. Na �poca, o papa recomendou que os l�deres da Igreja no Brasil orientassem a popula��o a n�o votar em candidatos a favor da legaliza��o do aborto. A CNBB de S�o Paulo, pouco antes, chegou a distribuir carta desaconselhando o voto em Dilma e depois recuou.
“N�s temos gratid�o ao papel que Bento XVI desempenhou desde 2005. Somos gratos a ele, nossas rela��es foram as melhores poss�veis. O governo brasileiro n�o se apressou em fazer um grande pronunciamento. Outros governos da Am�rica Latina n�o se pronunciaram”, disse Gilberto Carvalho.
Carvalho disse ainda desejar “muita energia e muita luz” para a escolha do novo papa e que seria “uma grande honra” se o escolhido for brasileiro. Cinco cardeais do Brasil participar�o do conclave.
O secret�rio-geral da CNBB e bispo auxiliar de Bras�lia, dom Leonardo Steiner, disse que, independentemente da nacionalidade, � importante que o novo papa esteja disposto a debater temas atuais, como meio ambiente e pobreza. "A chance existe [de ser um brasileiro]. Mas o povo do Brasil tem um afeto muito grande pelo papa e continuar� existindo essa rela��o", disse.