
Deputados das comiss�es estadual e federal montadas para acompanhar as investiga��es da trag�dia da boate Kiss visitaram nesta sexta-feira o Comando da Pol�cia Militar, a prefeitura e a Delegacia Regional da Pol�cia Civil, em Santa Maria (RS). As duas equipes de parlamentares v�o trabalhar na elabora��o de leis que tratem de preven��o de inc�ndios, de atribui��es de compet�ncias para emiss�o de alvar�s e fiscaliza��o de casas noturnas. A ideia � consolidar as normas e evitar que gestores possam transferir responsabilidades em caso de falha. "O poder p�blico n�o pode ser tolerante com as lacunas na legisla��o", afirmou o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS).
A Pol�cia Civil quer concluir o inqu�rito que apura as causas e vai apontar as responsabilidades pela trag�dia at� o final do m�s. Nesta semana foram colhidos depoimentos de bombeiros que prestaram socorro na noite do inc�ndio. Na semana que vem ser� a vez dos secret�rios e funcion�rios municipais respons�veis pela �rea de emiss�o de alvar�s e fiscaliza��o de casas noturnas.
Nesta sexta o jornal Zero Hora, que teve acesso a parte dos primeiros depoimentos do inqu�rito, revelou que um dos s�cios da Kiss, Mauro Londero Hoffmann, admitiu � pol�cia que, "em determinadas ocasi�es", a boate j� recebeu p�blico pr�ximo de mil pessoas. A capacidade da casa, segundo os bombeiros, � de 691 pessoas.
Hist�rico
A trag�dia ocorreu na madrugada de 27 de janeiro. Uma fagulha de um artefato usado em um show pirot�cnico da banda Gurizada Fandangueira chegou ao teto e come�ou a queimar o revestimento de espuma da Kiss. O fogo se espalhou rapidamente. A queima do material produziu gases t�xicos que mataram 234 pessoas no local e outras cinco, posteriormente, em hospitais.
O levantamento mais recente do quadro de feridos que ainda dependem de assist�ncia ininterrupta foi divulgado no in�cio da noite desta sexta-feira pela Secretaria da Sa�de do Rio Grande do Sul. Os dados indicam que h� 37 pacientes internados em seis hospitais de Porto Alegre e um em hospital de Santa Maria, com seis deles respirando por aparelhos. N�o houve altas durante o dia.