O Itamaraty informou nesta sexta-feira que investiga uma acusa��o de ass�dio moral contra o c�nsul-geral do Brasil em Sydney, Am�rico Fontenelle. Um embaixador foi enviado � Austr�lia para levantar informa��es sobre a den�ncia feita pelo servidor terceirizado Lu�s Henrique Aroeira Neves, respons�vel pelo departamento de promo��o comercial do Consulado, que acusa Fontenelle de ofend�-lo repetidamente.
A den�ncia foi feita em uma carta enviada ao ministro das Rela��es Exteriores, Antonio Patriota, e ao corregedor do minist�rio, Denis Fontes de Souza Pinto. Neves, que foi contratado em Sydney, afirma que Fontenelle tem por h�bito ofender e humilhar servidores, n�o apenas a ele. Tamb�m o adjunto do embaixador, Cezar Cidade, teria a mesma postura. A Corregedoria decidiu, ent�o, abrir uma investiga��o sobre os dois diplomatas. Como se trata de uma miss�o investigat�ria, Fontenelle n�o possui advogado no caso. A reportagem n�o conseguiu localiz�-lo nesta sexta devido ao fuso hor�rio.
Se as informa��es passadas por Neves em carta puderem ser confirmadas pela chamada "miss�o investigat�ria", corregedoria do Itamaraty abrir� uma sindic�ncia que pode levar at� mesmo a expuls�o de Fontenelle do quadro de servidores, apesar de isso nunca ter acontecido no minist�rio por conta de acusa��es de ass�dio moral. Essa n�o � a primeira vez que Fontenelle � acusado de humilhar e ofender servidores. Antes c�nsul-geral em Toronto, no Canad�, o embaixador passou por uma investiga��o similar, mas que n�o deu em nada al�m da sua transfer�ncia para a Austr�lia. A reincid�ncia, no entanto, pode piorar sua situa��o. Recentemente, o Sindicato dos Servidores do Itamaraty divulgou notas em sua p�gina na internet sobre outros casos de ass�dio moral. Em setembro de 2012, uma oficial de chancelaria da embaixada brasileira em Abuja, na Nig�ria, foi transferida de volta para o Brasil depois de uma negocia��o para por fim a outro caso de ass�dio moral. Na mesma �poca, outra oficial, lotada em Belgrado, tamb�m apresentou uma acusa��o de ass�dio moral contra o embaixador do posto. O caso n�o foi adiante.