
De olho no tempo apropriado de cada cargo, o primeiro nome foi anunciado em dezembro passado. Desfalcada a �rea, antes comandada pelo PT, havia urg�ncia para a indica��o do comando na Secretaria de Planejamento, Or�amento e Informa��o. T�cnico sem vincula��o partid�ria, foi para l� o consultor de empresas Leonardo Pessoa Paolucci. Indicado pelo PSDB, o secret�rio adjunto da pasta tamb�m j� est� trabalhando. Trata-se de Thiago Toscano, que j� havia trabalhado na PBH no primeiro mandato de Lacerda.
Se para a �rea do planejamento houve pressa, as demais nomea��es de primeiro escal�o s� ser�o divulgadas no fim do m�s. A maior parte delas ser� definida nesta segunda-feira, quando Lacerda se reunir� com Marcus Pestana, presidente estadual do PSDB, que tem mantido a interlocu��o entre o socialista, o senador A�cio Neves (PSDB) e o governador Antonio Anastasia (PSDB). Depois do descompasso inicial com o principal aliado, o prefeito e os tucanos acertaram o passo. A negocia��o � institucional e considera o peso pol�tico, do PSDB na C�mara Municipal onde, embora tenha eleito apenas tr�s vereadores, exerce influ�ncia pol�tica sobre oito.
Em busca de governabilidade – o que se evidenciou de forma mais aguda depois da elei��o para a Mesa Diretora da C�mara Municipal, quando um grupo de 21 vereadores que se intitularam “independentes” derrotaram o seu candidato –, Lacerda tenta construir uma base se respaldando nas indica��es para cargos no governo. Nesse sentido, explica-se a dilata��o do prazo de nomea��es, que normalmente s�o desencadeadas na primeira semana de governo. Com a estrat�gia, o prefeito observa como se agrupa o poder na Casa. Em conversa com cada parlamentar, vai rachando a estrutura do grupo.
No primeiro lance, Lacerda convidou Preto (DEM), um dos formuladores do grupo para a lideran�a do governo, provocando a ira de seus l�deres remanescentes. “O prefeito pegou o Preto do nosso grupo e levou para l�der achando que ia arrebentar a gente. N�o conseguiu. Continuamos unidos. Ele fala que o nosso grupo � do mal. Mas agora precisa do grupo do mal para ter a base na Casa e aprovar os seus projetos”, provoca Wellington Magalh�es (PTN), vice-presidente da C�mara.
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Mais comedido, mas mantendo a tens�o na rela��o com o governo, o presidente da Casa, Leo Burgu�s (PSDB), afirma, ap�s voltar a se reunir com 16 membros do grupo, que vai “punir” Preto, retirando-o no Conselho Municipal de Pol�tica Urbana (Compur): “Podem oferecer o que for para esse grupo. N�o existe alinhamento autom�tico”. Apesar do discurso, Leo Burgu�s acena para o Executivo, considerando que n�o pretende pleitear qualquer cargo, mas, se lhe for solicitado, far� indica��es. “O meu pleito � diferente de todos os outros. Quero o resgate da minha imagem e da C�mara. Deixei vago o que quero. Agora, qualquer um que � pol�tico quer participar da administra��o. Mas, como presidente, n�o vou dizer quero isso ou quero aquilo para ser base do governo. At� porque n�o quero ser base. Quero manter a Casa independente”, afirma.
Mas os vereadores se preparam para negociar diretamente com o Executivo. A lista � ecl�tica. S�o pedidos arrojados, que v�o de indica��es dos secret�rios das regionais e respectivas ger�ncias de fiscaliza��o at� cargos de maior peso, como a Presid�ncia da Prodabel. Representante de quatro vereadores do PTdoB em primeiro mandato e do vereador Marcelo �lvaro Ant�nio, do PRP – legenda comanda por seu pai, Tibelindo Soares –, o deputado federal Lu�s Tib� se coloca como conselheiro e porta-voz: “O espa�o que estamos negociando � para os nossos vereadores”, considera Tib�, que diz ser base e, l�gico, assim deseja continuar.