(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Prefeito � alvo de pol�mica por nomear namorada para cargo p�blico

Prefeito de Ita�na gera pol�mica ao contratar namorada como assessora


postado em 19/02/2013 06:00 / atualizado em 19/02/2013 07:33

Osmando Pereira vai pagar à namorada assessora R$ 4 mil por mês (foto: NANDO OLIVEIRA/esp.EM/d.a press)
Osmando Pereira vai pagar � namorada assessora R$ 4 mil por m�s (foto: NANDO OLIVEIRA/esp.EM/d.a press)


Mais uma vez a vida amorosa de um prefeito tem agitado o cen�rio pol�tico de Ita�na, no Centro-Oeste de Minas. Desta vez, o alvo das especula��es � Osmando Pereira (PSDB), que em janeiro assumiu o quarto mandato na cidade. Toda pol�mica come�ou depois que o tucano decidiu contratar a namorada, Rose Campos, como assessora, com sal�rio de aproximadamente R$ 4 mil. O caso foi levado ao Minist�rio P�blico, que cobrou explica��es. Se a nomea��o for considerada ilegal, a servidora poder� ser exonerada e o atual prefeito responder� por improbidade administrativa.

Pereira havia comandado a Prefeitura antes do ex-prefeito Eug�nio Pinto (sem partido). Durante os oito anos em que Eug�nio esteve � frente da prefeitura, o munic�pio passou por v�rios esc�ndalos. Um dos primeiros foi a nomea��o de sua ent�o namorada, �ris L�ia Rodrigues, como chefe de gabinete.

Durante os dois mandatos de Eug�nio, �ris esteve ao lado dele – apesar de os dois afirmarem que o romance havia terminado e que havia sobrado apenas uma “forte amizade”. Eug�nio acabou afastado em dezembro do ano passado, pouco menos de um m�s antes de encerrar o mandato. Ele responde a 26 processos judiciais por improbidade administrativa. O romance tamb�m atrapalhou os planos de �ris, que tentou ser eleita vereadora, mas teve a candidatura cassada por ter mantido uma rela��o est�vel com o ex-prefeito. Ela acabou sendo presa em 17 de dezembro, acusada de chefiar uma organiza��o criminosa montada no gabinete da prefeitura, cujo objetivo era fraudar contratos administrativos e, assim, desviar recursos p�blicos.

�ris foi liberada h� pouco mais de duas semanas e aguarda julgamento em liberdade. Eug�nio tamb�m est� para ser julgado e a novela dos dois parece estar longe de um final feliz. Para o atual prefeito, todos esses esc�ndalos deixaram a popula��o de Ita�na receosa, e, por isso, a contrata��o de Rose teria deixado muita gente desconfiada. “N�o podem relacionar o passado de uma pessoa com o meu. Tenho meu pr�prio passado dentro da pol�tica de Ita�na e n�o tenho do que me envergonhar. Sempre administrei Ita�na com responsabilidade”, afirma.

Pereira garante que a contrata��o de Rose foi feita n�o pensando no aspecto pessoal, mas no bem da cidade. Ele afirma que a namorada � uma mulher altamente competente para assumir o cargo e que o relacionamento dos dois n�o interferiu em sua escolha. “Nomeei minha equipe com muita responsabilidade. Precisava de algu�m que tivesse um conhecimento excelente em portugu�s, que entendesse da gest�o de recursos humanos e que fosse de confian�a. Rose era essa pessoa”, diz.

Visita

O atual prefeito e a assessora mant�m um relacionamento h� um ano e dois meses. Os dois s�o divorciados e, para Pereira, n�o houve, em momento algum, uma associa��o do poder p�blico com sua vida pessoal. “Inclusive, antes dessa contrata��o, procurei o promotor do Patrim�nio P�blico, En�ias Xavier Gomes, e comuniquei que estava fazendo essa nomea��o. Nada foi feito escondido”, acrescenta.

Gomes confirma que recebeu a visita do atual prefeito, mas deixa claro: n�o cabe ao Minist�rio P�blico orientar o prefeito, e sim fiscalizar se h� alguma ilegalidade. “O que eu disse � que poderia ser feita uma investiga��o, caso essa nomea��o fosse feita, para averiguar se h�  alguma irregularidade. N�o poderia falar para ele nomear ou n�o a namorada, sem saber os motivos dessa nomea��o”, explica.

O promotor disse que vai avaliar  com a Controladoria e a Procuradoria Geral do Munic�pio se a nomea��o foi feita com base em crit�rios profissionais ou se Rose foi colocada no cargo apenas por sua rela��o com o prefeito. Segundo Gomes, trata-se de um caso raro, em que ser� necess�ria uma analise mais profunda, j� que a lei pro�be a contrata��o de c�njugues, companheiros e parentes at� 3º grau, mas nada fala sobre a nomea��o de namorados. “Ser� aberto inqu�rito civil para apurar como foi feita essa nomea��o. � preciso analisar as circunst�ncias antes de chegar a uma conclus�o”, disse.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)