O diret�rio do PT, em Campinas, interior de S�o Paulo, expulsou do partido o ex-vereador Ja�rson Can�rio que, ap�s eleito, se afastou do cargo para ocupar a secretaria de Trabalho e Renda no governo municipal do PSB, contrariando resolu��o da executiva local, de fazer oposi��o � administra��o.
Outros 12 filiados do PT que t�m cargo em comiss�o no governo do prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), v�o ser julgados pelos diret�rios municipal e estadual nos pr�ximos dias. Os problemas de reaproxima��o entre o PT e PSB, ap�s as elei��es de 2012, em Campinas, s�o uma pr�via do que pode acontecer em 2014 em outras regi�es, onde a disputa envolveu os aliados.
Em Campinas, terceiro maior col�gio eleitoral de S�o Paulo (com 758 mil eleitores), Jonas foi eleito no 2º turno, aliado do PSDB com 58% dos votos, derrotando o candidato do PT, M�rcio Pochmann - nome indicado diretamente para a disputa pelo ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.
Logo ap�s o resultado, o partido anunciou que faria oposi��o ao governo municipal. "O PT em Campinas mant�m sua posi��o de que nosso papel ser� de oposi��o na cidade. N�o h� possibilidades de uma aproxima��o com o governo do PSB", justificou Fernandes.
Desde a campanha, o prefeito tem buscado essa aproxima��o com os petistas e explorado a alian�a de seu partido com o PT no Congresso e com o PSDB no governo estadual, para atrair o eleitorado das duas legendas.
Quando convidou Can�rio para ocupar uma pasta em seu governo, lembrou que, como deputado federal, votava com o governo Dilma Rousseff e que seria "contradit�rio" adotar uma postura em Bras�lia e outra em Campinas.
Defesa
"Vou recorrer no diret�rio estadual e tenho certeza que l� v�o me dar o direito de defesa", afirmou Can�rio, que se disse v�tima de uma "persegui��o pol�tica". "Foi uma execu��o sum�ria. N�o tive oportunidade devida de apresentar meus documentos de defesa nem foi dado o tr�mite correto de um processo de expuls�o de um filiado. Foi um processo de cartas marcadas", afirmou Can�rio - que teve 15 minutos para fazer uma sustenta��o oral de defesa, durante o processo de vota��o, na noite desta ter�a-feira, 19.
O processo de expuls�o ocorreu em uma reuni�o a portas fechadas, em um hotel de Campinas, ap�s o encontro oficial de vota��o, marcado para o s�bado, ter acabado em pancadaria. Integrantes contr�rios � expuls�o do petista, partiram para cima da mesa da executiva, a reuni�o foi suspensa e terminou na delegacia de pol�cia.