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Estado de Minas

Press�o n�o derruba pastor da Comiss�o de Direitos Humanos da C�mara

PSC ignora movimento nas redes sociais e indica o deputado Marcos Feliciano, autor de frases ofensivas a gays e negros para a presid�ncia de comiss�o. PT ainda tentar� barr�-lo


postado em 06/03/2013 06:00 / atualizado em 06/03/2013 07:51

"Casamento civil � entre um homem e uma mulher. E ponto final. � o que diz nossa Constitui��o. Fora disso, nada existe" (foto: Alexandra Martins/Ag�ncia C�mara)

De nada adiantou a press�o da sociedade civil contra a nomea��o do pastor Marcos Feliciano (PSC-SP) para a Presid�ncia da Comiss�o de Direitos Humanos e Minorias (CDH) na C�mara dos Deputados. Por unanimidade, o parlamentar que ficou conhecido por suas declara��es pol�micas contra gays, negros e religi�es de matriz africana, foi indicado pela bancada do PSC para o comando. O nome do pastor, l�der da Igreja Minist�rio Avivamento, ainda precisa ser referendado pelos outros integrantes da comiss�o. Em tese, ele pode ser barrado, mas essa n�o � uma pr�tica comum no Parlamento.

H� um acordo informal das lideran�as para n�o vetar as escolhas dos partidos para as presid�ncias das comiss�es. Mesmo assim, a deputada federal Erika Kokay (PT-DF), que j� comandou a CDH, garantiu que o PT vai votar contra a indica��o de Feliciano. O pastor precisa da aprova��o de pelo menos dez dos 18 integrantes para assumir o cargo, cujo mandato � de um ano.

“Disseram ser da Idade da Pedra ou dos tempos de ca�a �s bruxas a escolha de um pastor para presidir a Comiss�o de Direitos Humanos. Lembro que o maior defensor dos direitos humanos de todos os tempos foi um pastor: Martin Luther King. N�o me comparo a ele, mas era tamb�m um crist�o”, disse Feliciano, em entrevista coletiva transmitida ao vivo por um canal evang�lico na internet.

O deputado disse que n�o � racista, nem homof�bico, mas n�o negou as declara��es de que africanos descendem de um ancestral amaldi�oado por No�. Segundo ele, elas foram mal interpretadas. Feliciano garantiu que mesmo sendo conservador, n�o tolher� qualquer pessoa na comiss�o. O mesmo assegurou o l�der do PSC, deputado federal Andr� Moura (SE). “N�o ser� feito nenhum tipo de trabalho contr�rio �s mat�rias que ali tramitam”, ressaltou o parlamentar, referindo-se de maneira indireta ao projeto que criminaliza a homofobia e que est� sendo analisado pela comiss�o.

Feliciano voltou a afirmar ser contra a uni�o civil de pessoas do mesmo sexo e contra a criminaliza��o da homofobia. “Casamento civil � entre um homem e uma mulher. E ponto final. � o que diz nossa Constitui��o. Fora disso, nada existe”, defendeu ele.

Repercuss�o "� um esc�rnio, uma desmoraliza��o do Congresso Nacional essa indica��o", reclamou �rika Kokay, que j� se desentendeu com Feliciano diversas vezes por causa de sua postura, segundo ela, “homof�bica e racista”. Para a deputada, a indica��o dele ter� repercuss�o negativa nos organismos internacionais de defesa dos direitos humanos. “Essa postura de �dio homof�bico � inaceit�vel para quem pretende dirigir uma comiss�o que tem em seu cerne a defesa dos direitos humanos”, opinou.

O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), que tamb�m integra a comiss�o, criticou a indica��o. Para ele, a escolha de Feliciano vai inviabilizar a comiss�o. “Ser� a comiss�o dos valores religiosos, do fundamentalismo e da higieniza��o da ra�a. Foi uma insensatez do PSC”, disse Chico Alencar.


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