Dos 19 novos presidentes eleitos nesta quarta-feira para comandar comiss�es permanentes da C�mara, 3 pelo menos foram alvo recente de den�ncias de malversa��o de recursos p�blicos. � o caso de Gabriel Chalita (PMDB-SP), eleito para comandar a Comiss�o de Educa��o; Jo�o Magalh�es (PMDB-MG), que vai presidir Finan�as e Tributa��o; e S�rgio Moraes (PTB-RS), que ficou respons�vel pelo Desenvolvimento Urbano. Deputados condenados pelo mensal�o, como os petistas Jos� Genoino (SP) e Jo�o Paulo Cunha (SP), v�o integrar a poderosa Comiss�o de Constitui��o e Justi�a.
Exercendo seu primeiro mandato de deputado, o ex-jogador Rom�rio ir� presidir a Comiss�o de Turismo e Desporto. A expectativa � que ele transforme a comiss�o numa tribuna para criticar a Confedera��o Brasileira de Futebol (CBF).
Depois do “fogo amigo” que impediu sua nomea��o para o Minist�rio da Ci�ncia e Tecnologia, o deputado Chalita ganhou como pr�mio de compensa��o a presid�ncia da Comiss�o de Educa��o da C�mara. Ao assumir nesta quarta, ele fez um discurso se defendendo das acusa��es de desvios de recursos quando ocupou a secretaria de Educa��o de S�o Paulo, entre 2002 e 2006.
Eleito com 24 votos a favor e dois em branco, o deputado rebateu as acusa��es ao sentar na cadeira de presidente do colegiado. “Fui acusado por um movimento pol�tico”, disse o parlamentar, mencionando o fato de as den�ncias terem sido encaminhadas ao Minist�rio P�blico em setembro do ano passado, quando ele disputava a Prefeitura de S�o Paulo.
O deputado peemedebista disse j� ter sido inocentado de diversas acusa��es e que sofre com as acusa��es. “Sou humano. � doloroso, a injusti�a d�i. Nada � mais doloroso que a injusti�a.” O deputado concluiu seu discurso dizendo ter confian�a na Justi�a e foi aplaudido pelos colegas.
Crime financeiro
Alvo de tr�s inqu�ritos no Supremo Tribunal Federal (STF) por peculato, tr�fico de influ�ncia e crime contra o sistema financeiro, Jo�o Magalh�es vai comandar a Comiss�o de Finan�as e Tributa��o. Seu nome tamb�m foi citado durante o esc�ndalo da m�fia das ambul�ncias como benefici�rio de recursos desviados de emendas de parlamentares. No ano passado, o Supremo arquivou por falta de provas processo criminal o peemedebista. Ele foi acusado pelo Minist�rio P�blico Federal de omitir despesas da campanha de 2006 para a Justi�a Eleitoral.
Escolhido pelo PTB para presidir a Comiss�o de Desenvolvimento Urbano, S�rgio Moraes ficou famoso, em 2009, quando disse que estava “se lixando para a opini�o p�blica”. Na ocasi�o, ele era relator de um processo contra Edmar Moreira, que ficou conhecido com o “deputado do castelo”. Ele tamb�m foi absolvido pelo STF em um processo no qual era acusado de usar bem p�blico em benef�cio pr�prio.