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Estado de Minas

Pastor Marco Feliciano quer ser presidente da Rep�blica


postado em 15/03/2013 06:00 / atualizado em 15/03/2013 07:00

O presidente da Câmara, Henrique Alves, conversou com o pastor Feliciano (D) e disse que o bate-boca de quarta-feira foi lamentável(foto: José Cruz/Abr)
O presidente da C�mara, Henrique Alves, conversou com o pastor Feliciano (D) e disse que o bate-boca de quarta-feira foi lament�vel (foto: Jos� Cruz/Abr)
Al�ado � fama depois de assumir o comando da Comiss�o de Direitos Humanos e Minorias da C�mara (CDHM) sob acusa��o de ser racista e homof�bico, o deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) j� capitaliza o epis�dio a seu favor  e ganha for�a para disputar, dentro do partido dele, a vaga de candidato � Presid�ncia da Rep�blica em 2014. O parlamentar divulgou, no ano passado, que tinha essa pretens�o pol�tica, mas que n�o obteve apoio do PSC. Agora, j� coleciona apoio e, nos bastidores, comemora o momento, que o fortalece diante do eleitorado conservador.

Em novembro do ano passado, Feliciano publicou no Twitter que pretendia pleitear a candidatura presidencial. “O PSC discute a possibilidade de ter, em 2014, candidato a presidente da Rep�blica. Eu disse que sou a favor e me coloquei � disposi��o do partido”, disse. Na �poca, o vice-presidente da legenda, pastor Everaldo Dias Pereira, foi apontado como poss�vel escolhido para a disputa. Desde ent�o, ele roda o pa�s em romaria para ampliar a capilaridade da sigla. Nas �ltimas semanas, Everaldo foi visto aplaudindo a confus�o provocada por manifestantes contr�rios a Feliciano. “Falem mal, mas falem de n�s”, teria dito. Em seu blog, saiu em defesa do deputado: “Nossas escolhas s�o feitas ap�s relevantes debates internos. No PSC ningu�m decide por n�s coisa alguma no grito”.

A comemora��o de Everaldo, por�m, pode virar-se contra ele. Fontes ligadas a Feliciano admitem que ele est� cada vez mais motivado a aproveitar a euforia em torno de seu nome para garantir no m�nimo o dobro de votos para reeleger-se deputado. “Para ele, tudo isso � bom porque ele representa um nicho que apoia essas posi��es extremadas e tem recebido todo o apoio dessas pessoas”, comenta um integrante do PSC. Se a visibilidade do pastor durar at� o fim do ano, ele chegar� � conven��o nacional do partido com o nome mais fortalecido que o do  vice-presidente da legenda, avaliam interlocutores.

Outro grupo do PSC, por�m, preocupa-se com as consequ�ncias negativas do chamado “fator Feliciano”. “Espero que a popula��o saiba dissociar, porque h� tamb�m, no partido, evang�licos que n�o concordam com ele, cat�licos e at� esp�ritas, e o impacto pode ser bom para uns e ruim para outros”, avalia um parlamentar da sigla. O deputado S�lvio Costa (PTB-PE) critica a politiza��o do tema. “Se estabeleceu um jogo eleitoral na CDHM; � um grande teatro em que os dois lados querem agradar a seus p�blicos e devem dobrar o n�mero de votos”, reclama.

Ao ser cobrada uma a��o incisiva no impasse, o presidente da C�mara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), reuniu-se separadamente com Feliciano, com o l�der do PSC, Andr� Moura (SE), e com parlamentares contr�rios � perman�ncia do pastor na CDHM. “As cenas (de briga na comiss�o) s�o lament�veis. Pedi a ambos os grupos um comportamento de equil�brio, modera��o e responsabilidade, porque esse radicalismo n�o est� compat�vel com o que a Casa tem o dever de apresentar � sociedade brasileira”, comentou Henrique.

Ainda nessa quinta-feira, no plen�rio da C�mara, cr�ticos de Feliciano chamaram a aten��o para um v�deo que circula na internet em que o pastor faz cr�ticas ao Congresso e ao governo. “Me apavora chegar a Bras�lia toda ter�a-feira, entrar na C�mara dos Deputados e saber como o diabo est� infiltrado no governo brasileiro. Satan�s levantou seu ativismo neste pa�s”, disse o deputado, em um culto evang�lico. O deputado Chico Alencar (PSol-RJ) rebateu a fala do pastor. “Qualquer um pode desenvolver sua atividade pastoral num outro plano. Agora, dizer tudo isso � muito prim�rio, rebaixado, medieval, e � claramente um ataque � �tica e ao decoro parlamentar”, criticou. (Colaborou Juliana Colares)


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