Presidente do TJ-SP rebate afirma��es de Barbosa

S�o Paulo, 21 - O presidente do Tribunal de Justi�a de S�o Paulo (TJ-SP), desembargador Ivan Sartori, rebateu nesta quinta-feira as afirma��es do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justi�a (CNJ), ministro Joaquim Barbosa, de que existe um conluio entre ju�zes e advogados. "Existe uma rela��o saud�vel, todos trabalham em prol do jurisdicionado. Com todo o respeito que tenho, n�o podemos aceitar a generaliza��o negativa", afirmou.

O Instituto dos Advogados de S�o Paulo (Iasp) tamb�m se manifestou sobre o assunto. Em nota assinada pelo presidente da entidade, Jos� Hor�cio Halfeld Rezende Ribeiro, o Iasp afirmou que as acusa��es generalizadas causaram indigna��o. "A perplexidade decorre da premissa errada que pretende distanciar o relacionamento entre advogados e magistrados, na medida em que todos os membros das carreiras jur�dicas colaboram para o aperfei�oamento da Justi�a", afirma o comunicado. O Iasp, que congrega no quadro associativo advogados, ju�zes e membros do Minist�rio P�blico (MP), disse ainda que aguarda "que os fatos concretos sejam indicados e apurados".

Nessa quarta-feira, as Associa��es de Magistrados do Brasil (AMB) e Nacional de Ju�zes Federais (Ajufe) e a Ordem de Advogados do Brasil (OAB) j� haviam divulgado nota de rep�dio �s declara��es do presidente do STF e do CNJ. Na ter�a-feira, durante o julgamento no qual o conselho determinou a aposentadoria compuls�ria de um magistrado do Piau�, acusado de beneficiar advogados, Barbosa disse que muitos ju�zes devem ser postos para fora da carreira. "H� muitos (ju�zes) para colocar para fora. Esse conluio entre ju�zes e advogados � o que h� de mais pernicioso. N�s sabemos que h� decis�es graciosas, condescendentes, absolutamente fora das regras", criticou.

Congresso

O presidente do TJ-SP falou durante a abertura do VI Congresso Jur�dico do Norte Paulista, que come�ou nesta quinta-feira, em Bebedouro. Sartori foi homenageado no in�cio do evento pelo presidente do Iasp, que destacou a "coragem" do juiz como administrador. "Coragem e responsabilidade para alterar o estado das coisas. Devido ao seu esfor�o, o Tribunal de Justi�a de S�o Paulo tem hoje um or�amento diferenciado."

O presidente do TJ-SP, que � juiz desde os 23 anos, alcan�ou o cargo mais alto do Judici�rio paulista ao completar 30 anos de magistratura. Agradecendo a homenagem, disse que � preciso honrar a advocacia e a magistratura. "Por tr�s de grandes n�meros do tribunal, existe uma vida, um direito."